O Tribunal do Júri da Comarca de Patos de Minas se reuniu nessa terça-feira (30) para julgar o último denunciado pelo assassinato do taxista Rainelle Hilário Soares. Ricardo Elias Soares Luiz, conhecido como Ricardinho, foi apontado como o principal responsável pelo crime. Outros dois acusados foram julgados em 2020.

Rainelle foi assassinado a tiros no dia 05 de janeiro de 2019. Ele foi encontrado já sem vida, na rua Vicente Gonçalves Primo, no bairro Coração Eucarístico, dentro do táxi em que trabalhava. Após investigar o crime, a Polícia Civil concluiu o inquérito e o Ministério Público denunciou Wemerson Glécio Ferreira Silva e Ricardinho por homicídio duplamente qualificado e Daiana Aparecida Bussato por ter escondido a arma do crime.

Segundo a denúncia do Ministério Público, os acusados acionaram o Rainelle para fazer uma corrida. Mas o taxista se envolveu com o grupo, que estava fazendo uso de bebidas e de drogas. Como estava trabalhando, ele chegou a sair para fazer outras corridas, mas voltou a se encontrar com Ricardo, Wemerson e suas namoradas.

A defesa dos réus alega que Rainelle passou a se interessar pela namorada de Ricardinho. Ele chegou a mandar uma mensagem para a garota. Ricardinho viu a "cantada" e decidiu matar o taxista. Eles saíram novamente e, ao chegar no bairro Coração Eucarístico, Wemerson efetuou os dois primeiros disparos. Ricardinho pegou a arma e efetuou mais três disparos, concluindo o assassinato.

Wemerson foi condenado a 13 anos de prisão. Daiana, denunciada por esconder a arma, foi absolvida por falta de provas. Nessa terça-feira (30) foi a vez de Ricardinho enfrentar os jurados. Ele foi condenado por homicídio qualificado e deverá cumprir pena de 14 anos em regime inicialmente fechado.