A segunda etapa da Campanha Nacional de Vacinação contra Febre Aftosa em Minas Gerais começa na próxima terça-feira (1) e vai até o dia 30 de novembro. A meta é igualar ou superar o índice alcançado no mesmo período de 2010, que foi de 97,5%. A expectativa do Governo de Minas é de que aproximadamente 10 milhões de bovinos e bubalinos (40% do rebanho do estado, que é de 23,4 milhões cabeças), entre 0 e 24 meses, sejam imunizados contra a doença.
Para o diretor-geral do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) e médico veterinário, Altino Rodrigues Neto, o controle da febre aftosa no Brasil tem avançado bastante. “Estamos alcançando sucesso, devido às parcerias entre as iniciativas pública e privada, envolvendo pecuaristas, governo e técnicos, que com o avanço tecnológico aperfeiçoaram seus conhecimentos sobre a legislação e sanidade animal, buscando em médio prazo a erradicação da doença no Brasil”, afirma.
Agora é o momento, segundo Altino, para apresentar, discutir e debater requisitos, estratégias e opiniões de autoridades sanitárias e entidades de classe sobre as próximas etapas do Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa (Pnefa) no contexto atual.
Ele acrescenta que a discussão sobre o assunto será ampliada, já que a erradicação continental mostra grandes progressos no território sul-americano, apesar de ainda existirem áreas de inseguranças sobre determinadas regiões ou países. “Será uma excelente oportunidade para se informar dos próximos passos e quais os investimentos prioritários para atingir o ambicioso status de livre da febre aftosa sem vacinação”, destaca Altino.
Em Minas Gerais, como em outros Estados, a suspensão da vacina nos rebanhos será essencial para alavancar as exportações de carne bovina in natura para vários países espalhados pelo mundo que ainda não compram o nosso produto, principalmente pela aplicação da vacina nos animais, explica o diretor do IMA.
No entanto, segundo Altino, o processo deverá ser muito bem avaliado para que os Estados mantenham o conceito de seriedade e credibilidade em relação ao trabalho desenvolvido tanto pelo produtor rural como pelas instituições governamentais ligadas ao setor.
Para evitar a contaminação dos rebanhos nos Estados será necessária uma potente estrutura de fiscalização e vigilância, além da capacitação de novos técnicos para fiscalizar as unidades produtoras e o trânsito de animais. Estes requisitos são de extrema relevância, pois ainda existem no Brasil alguns Estados em estágios que deixam a desejar em relação a esses serviços.
Fonte:
Agencia Minas
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