Com 91 Equipes de Saúde da Família (ESF) e com uma população de 400 mil habitantes distribuídos em 21 municípios, a microrregião de Patos de Minas sediou o I Seminário de Educação Permanente (PEP) para médicos de família, que ocorreu no dia 20 de outubro, quarta-feira. O encontro foi promovido pela GRS Patos de Minas e o UNIPAM e participaram médicos, secretários de saúde e coordenadores da atenção primária.


Os objetivos do PEP para médicos são: melhorar o nível de resolubilidade da atenção primária, reduzir as taxas de investigação diagnóstica desnecessárias, reduzir prescrições incorretas de medicamentos, a variabilidade da prática profissional, criar um sistema contínuo da prática profissional, romper o isolamento profissional e reduzir a rotatividade dos médicos da ESF.


O médico pediatra e coordenador estadual do PEP para médicos da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, João Batista Silvério, ressaltou que o Programa de Educação Permanente para médicos “busca uma intervenção educacional para lidar com a heterogeneidade de competências”, além de ser “uma proposta educacional inovadora, buscando uma efetividade da prática médica”. “O que se verifica é os estados que investem na atenção primária apresentam uma melhora na qualidade da atenção à saúde. Em Minas, busca-se esta melhoria por meio do Programa Estruturador Saúde em Casa e do Plano Diretor da Atenção Primária (PDAPS)”, destacou.


O reitor do UNIPAM, Raul Scher, classificou o PEP como uma proposta ampliada e que vem para melhorar as práticas de saúde. “Estamos investindo na construção do conhecimento com qualidade, não mais na forma de funil, mas sim onde educador e educando estão ao mesmo nível e que fomenta o ensinar aprendendo ao mesmo tempo que se aprende ensinando, conforme a concepção do educador Paulo Freire”, pontuou.


A coordenadora do PEP da macrorregião noroeste, professora do UNIPAM e médica de família, Maura Regina Guimarães Rabelo, comentou sobre a importância do conhecimento e das relações interpessoais. “O PEP objetiva o ciclo de aprendizagem por meio de uma rede de contato em encontros periódicos e dentro do horário protegido de trabalho”.
São parceiras do Programa de Educação Permanente as escolas médicas, a Escola de Saúde Pública de Minas Gerais (ESP-MG), Associação Mineira de Medicina de família e Comunidade (AMMFC) e os municípios.