O Tribunal do Júri condenou mais dois dos cinco acusados de assassinar Marcos Vinicius de Andrade Araújo. O julgamento aconteceu nessa quarta-feira (26), no Fórum Olympio Borges em Patos de Minas. Walex Junio Tavares Rosa, vulgo Duzin, e Luckas Rodrigues Marinho, vulgo Lukinha, foram condenados por homicídio triplamente qualificado, além de sequestro, cárcere privado e por integrarem uma organização criminosa.

Segundo a Denúncia do Ministério Público, Marcos estava nas imediações da Orla da Lagoa, em Patos de Minas, quando uma menor de idade se aproximou e começou a xingá-lo e gritar que ele teria estuprado a sua irmã, também menor de idade. Gustavo Henrique Mariano Da Silva, vulgo “Cacatua”, e João Vitor De Assis Nogueira, vulgo “Navegante”, se aproximaram e começaram a questionar sobre o ocorrido.

Em seguida, foi realizada uma conferência com outros membros de uma organização criminosa, no qual ficou decidido que Marcos seria levado à “cantoneira”, local onde seria julgado pelo “Tribunal do Crime”. Gustavo e João Vitor solicitaram que Leonardo Da Silva Sousa, vulgo “Pepa”, Walex e Luckas buscassem um veículo para levar a vítima e demais envolvidos para o local do crime.

As investigações apontaram que a vítima foi obrigada a entrar no carro, momento que saíram das imediações da Orla da Lagoa e foram até o local do julgamento, onde foi decidido pela execução de Marcos. Ainda conforme as investigações, o carro utilizado era de Luckas, que também teria conduzido o veículo no dia do ocorrido.

O laudo de necropsia apontou que, além do tiro alojado na parte de trás da cabeça, a vítima apresentava escoriações na região torácica. As lesões aconteceram após o corpo ter sido arrastado para um local ermo, para ocultá-lo.

O Ministério Público denunciou os cinco indivíduos por homicídio triplamente qualificado em motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima, além de sequestro, cárcere privado, corrupção de menores e por integrarem uma organização criminosa. Walex e Luckas foram julgados, ontem (26), e foram absolvidos apenas da corrupção de menores. Ambos foram sentenciados a 23 anos e 9 meses de prisão.

Outros dois acusados já haviam sido julgados e condenados. No dia 30/10/2024, Leonardo da Silva, foi sentenciado a 26 anos e 7 meses, enquanto que Gustavo Henrique foi condenado a 23 anos e 6 meses. O último acusado, João Vitor, vulgo “Navegante”, deve ser levado a julgamento em breve.