Centenas de servidores participaram da assembleia na manhã desta quarta-feira (25).

A paralisação das atividades no serviço público municipal não está descartada, mas antes de adotarem medidas mais radicais, os servidores públicos municipais vão tentar abrir um diálogo com o executivo municipal. Em assembleia na manhã desta quarta-feira (25), os servidores decidiram montar uma comissão para tratar da carga horária do servidor.

Centenas de servidores compareceram à sede da Secretaria Municipal de Infraestrutura para participarem da assembleia convocada pelo SINTRASP. Laços e roupas pretas e narizes de palhaço simbolizavam o descontentamento do funcionalismo com a decisão do prefeito Pedro Lucas de ampliar a carga horária dos servidores de seis para oito horas diárias.

De acordo com o presidente do Sintrasp, a mudança trará inúmeros prejuízos aos servidores. Com salários defasados, muitos funcionários da Prefeitura buscaram um segundo emprego para complementar a renda. Para se ter uma ideia, um pedreiro da prefeitura tem vencimento de aproximadamente R$ 1 mil por mês, enquanto um profissional particular consegue renda de mais R$ 3 mil por mês.

Os servidores também reclamam da forma como o decreto foi publicado pelo Executivo Municipal. Não houve nenhuma comunicação oficial ou mesmo uma justificativa para a mudança na carga horária do serviço público municipal. O Sindicato esperava a apresentação de um estudo de viabilidade da mudança.

Segundo o presidente do SINTRASP, a comissão formada na assembleia vai tentar abrir um diálogo com o prefeito Pedro Lucas. O Sindicato disse que vai usar de todas as ferramentas para evitar que o decreto que estabelece a carga horária de oito horas entre em vigor a partir de 1º de junho.

​Autor: Maurício Rocha