Centenas de pessoas foram para o antigo CAPS AD, localizado na Rua Dona Luiza, onde foi montado o centro de Testagem e Enfrentamento à Covid-19 em Patos de Minas. A medida tem como objetivo desafogar os atendimentos na UPA uma vez que a demanda cresceu consideravelmente e a unidade estava ficando superlotada.
Nossa reportagem esteve no centro de testagem na manhã desta segunda-feira (17), e registrou imagens que mostram um grande tumulto de pessoas no interior do local. Do lado de fora, uma fila que virava o quarteirão. De acordo com o auxiliar de escritório, João Paulo, ele chegou às 07h00 na unidade e até às 11h30 ainda não havia sido atendido. Segundo ele, além da demora, alguns servidores ainda trataram mal os pacientes.
Algumas pessoas preferiram aguardar sentadas na calçada pois não havia lugar para sentar. “A gente teve que ficar em pé no sol esperando por atendimento, teve uma pessoa que passou mal e teve que ser socorrida pelo Samu porque o pessoal aqui não quis atender ela” disse João Paulo. Hoje foi o primeiro dia de testagem no local. Nós pedimos um posicionamento por parte da prefeitura e estamos aguardando um posicionamento.
Como no momento há risco de desabastecimento de testes rápidos para detectar a infecção em todo o Brasil, há novas orientações para uso desses produtos. Neste primeiro momento serão testados, A PARTIR DO TERCEIRO DIA DE SINTOMAS, somente: pacientes que tenham maior gravidade de sintomas (dispineia/desconforto respiratório; ou pressão persistente no tórax; ou saturação de O2 menor que 95% em ar ambiente; ou coloração azulada de lábios ou rosto); pacientes hospitalizados e cirúrgicos; pessoas no grupo de risco (por exemplo imunossuprimidos ou em tratamento de câncer); gestantes e puérperas (45 dias após o parto); trabalhadores assistenciais da área da saúde; colaboradores de serviços essenciais.
Com a ativação do centro, o objetivo do município é desafogar as USFs e a UPA, que hoje têm sintomáticos respiratórios como o maior público atendido. A partir de amanhã, portanto, o fluxo de atendimento fica da seguinte forma: UPA: continua sendo referência para sintomáticos respiratórios graves; USFs: continua sendo referência para pessoas que apresentam sinais e sintomas leves ou estão assintomáticas. Não haverá oferta de teste rápido nas unidades até que o abastecimento seja normalizado. O diagnóstico será feito pelo médico, que tem autonomia para afastar o paciente por atestado.
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