A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) informou nesta segunda-feira (22) que concluiu, na última sexta-feira (19), o inquérito policial que apurava denúncias de eventuais abusos sexuais ocorridos em uma escola pública municipal de Patos de Minas.

Após investigação aprofundada — que incluiu cerca de quarenta oitivas realizadas na unidade policial, depoimentos especiais colhidos no Fórum da comarca, diversas ordens de serviço, relatórios circunstanciados de investigação, relatório psicológico e inúmeros laudos periciais, com apoio do Instituto de Criminalística da PCMG em Belo Horizonte — foi elaborado o relatório final do inquérito.

Diante da insuficiência de provas quanto às infrações penais apuradas, não houve indiciamento do investigado.

O procedimento foi encaminhado à Justiça para análise e deliberação do Ministério Público.

A PCMG esclarece que não será concedida entrevista sobre o caso, em razão do sigilo que envolve a investigação policial.

O caso

O professor de 49 anos foi preso no dia 21 de agosto em Patos de Minas, suspeito de abusar sexualmente de crianças de 4 anos em uma escola municipal localizada no Bairro Jardim Esperança. O caso registrado em boletim de ocorrência pela Polícia Militar indicava que pelo menos três crianças sofreram abusos. O professor negou e foi solto.

O caso gerou revolta em Patos de Minas e ganhou uma grande repercussão. No dia 23 de agosto, ele chegou a ter o carro perfurado a balas. Com a grande repercussão, inclusive com protestos em frente à delegacia, a justiça decretou a prisão temporária dele, o que ocorreu em Brasília. O prazo não foi suficiente para concluir o inquérito e ele acabou solto mais uma vez. A Polícia Civil continuou investigando o caso e, nos cerca de 3 meses de trabalho, não encontrou provas, o que levou ao não indiciamento. A defesa sempre negou os crimes.