O motorista Francisco Lourenço Ferreira, 48 anos.

Um motorista de 48 anos viveu momentos de apuros ao se deslocar para Belo Horizonte para fazer um tratamento de saúde. Sem dinheiro, ele procurou pelo auxílio do tratamento fora de domicílio oferecido pela Secretaria Municipal de Saúde. Mas a ajuda de custo não foi liberada como o prometido, deixando o paciente em situação difícil.

Francisco Lourenço Ferreira teve que se deslocar para Belo Horizonte para fazer os exames e iniciar os procedimentos para realização de duas cirurgias, uma na mão e outra na coluna. Antes, ele procurou a Secretaria Municipal de Saúde com toda a documentação em busca do auxílio a que pacientes carentes têm direito para tratamentos fora de domicílio.

Segundo Francisco, o funcionário da Secretaria Municipal de Saúde orientou que ele seguisse viagem para não perder os exames que depositaria o dinheiro em sua conta. “Eu peguei dinheiro emprestado e fui para Belo Horizonte, mas o dinheiro não foi depositado como o prometido”, reclamou. O motorista disse que teve que recorrer a amigos em Patos de Minas para conseguir um auxílio em Belo Horizonte, já que não conhecia ninguém por lá.

Os exames foram feitos há cerca de 20 dias e, como não bastasse ter passado por tantos apuros, o dinheiro do auxílio ainda não foi liberado até hoje. Francisco disse que não conseguiu sequer pagar o dinheiro que tomou emprestado para seguir viagem. Outra preocupação do motorista é que o tratamento está apenas começando e ele terá que fazer pelo menos mais quatro viagens para Belo Horizonte.

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde informou que um problema ocorrido no sistema interrompeu temporariamente os pagamentos do tratamento fora de domicílio, dificultando inclusive o repasse para o usuário em questão. “Esclarecemos que esforços têm sido realizados para que todos os pagamentos sejam retomados o mais breve possível”.

A nota esclarece ainda que o pagamento de ajuda de custo aos pacientes em Tratamento Fora do Domicílio, até 2009, era realizado no prazo médio de 5 (cinco) meses. “No decorrer desse período, várias ações foram implantadas visando melhorias na prestação desse serviço, passando a ser efetuados com prazo médio de 15 dias, a todos os pacientes”, conclui.

Autor: Maurício Rocha