Uma mulher de 32 anos foi presa pela Polícia Militar na tarde dessa quarta-feira (26) sob a acusação de lesão corporal e ameaça contra o próprio filho, um menino de 7 anos. O caso foi registrado pela Polícia Militar após o atendimento do Conselho Tutelar.

De acordo com o relato da PM, a ocorrência teve início após uma solicitação do Conselho Tutelar. As conselheiras informaram ao Centro de Operações da PM (Copom) que a mãe de uma criança teria ameaçado matar o próprio filho caso a equipe do conselho não comparecesse ao local.

Ao chegarem ao endereço, os policiais militares se depararam com a criança fora da residência. O menino estava visivelmente abalado, chorando e apresentava lesões aparentes nas costas e no rosto.

Dentro da casa, foi encontrada a mãe. Ela estava muito nervosa e chorando intensamente. Em seu depoimento, ela relatou aos policiais que "não suportava mais o comportamento do filho". Ela contou que o menino havia sido expulso da escola, andava entre os carros na rua, invadia residências de vizinhos e furtava chinelos.

A mãe informou ainda que trabalha em um hipermercado e que o filho costumava ficar sozinho em casa. Ela também é mãe de outra criança, de 2 anos, que no momento dos fatos estava sob os cuidados de uma vizinha.

Os militares relataram ter encontrado condições precárias de moradia no interior da residência, com ausência de eletrodomésticos, móveis e eletrônicos. Havia apenas um colchão no chão e brinquedos espalhados. Ela declarou estar morando no local desde setembro, tendo se mudado de outra cidade.

Ela confessou aos policiais que, ao chegar em casa e tomar conhecimento da suspensão escolar e das reclamações dos vizinhos, perdeu o controle e passou a agredir o filho com chineladas, o que causou as lesões observadas na criança.

Diante da situação, o Conselho Tutelar acolheu as duas crianças, conduzindo-as uma instituição de acolhimento. A genitora, que está grávida e tem uma gestação de risco, apresentava quadro de pressão alta e foi conduzida inicialmente ao Hospital Regional Antônio Dias, onde recebeu atendimento médico.

Após a alta hospitalar, ela foi levada à delegacia de polícia para as providências legais cabíveis, em razão das lesões corporais e ameaças cometidas contra o filho. O relatório da PM informa que a mulher foi informada de seus direitos e que todos os órgãos competentes foram cientificados da ocorrência.