Um jovem que possui a guarda provisória da irmã de 12 anos foi parar na delegacia nessa segunda-feira (30). Ele teria feito um desabafo com palavras ameaçadoras referente à menor para outra irmã e a garota acabou vendo. A adolescente teria o desobedecido no dia anterior e pegado o celular dele e levado para a escola.

De acordo com informações da Polícia Militar, foi acionado na escola pela direção da instituição após a aluna apresentar as mensagens que estavam no celular do irmão. Ele teria dito para a outra irmã: "pensei que tava aki, pra me ajudar com a desgraça dela ci não vou matar ela cara...que menina desgraçada falsa mentirosa ...ta lá na tia santinha, vou ver ci pega as coisas dela aki e joga lá na porta...conselho tutelar é só amanhâ ...o do plantão não consegui cvsa. quero aquela desgraça ki mais n ci não mato ela aki...nossa eu tô um ódio daquela desgraça". Ele também teria enviado outra mensagem ameaçadora e apagado.

A garota disse que pegou o celular para ter como prova e levou para a escola, temendo que ele fizesse algo com ela. Outra situação relatada pela menor foi que ela mantinha um relacionamento amoroso com um jovem de 23 anos, que acontecia dentro da casa do irmão com o consentimento dele. Ele havia sido preso por estupro de vulnerável em data anterior devido relacionamento com ela e ainda mantém segundo a mesma o relacionamento conjugal.

Já o irmão disse que fez apenas um desabafo e que não teria a intenção de colocar em prática as ameaças. Disse ainda que ela vive dando problema em casa e fica em lugares de uso de drogas e às vezes sai de casa sem dar satisfação e que estava arrependido de ter pegado a guarda provisória dela.

Ainda segundo os policiais, ao ser questionado sobre o relacionamento conjugal dentro de sua casa entre a irmã e o jovem disse que autorizou por ela ficar pedindo insistentemente, o que foi advertido pelos militares. Na delegacia, ele negou que tenha consentido o relacionamento da garota com o jovem.

O Conselho Tutelar acompanhou o caso e encaminhou a garota para um abrigo provisório. A autoridade policial arbitrou a fiança de R$8 mil e ele acabou liberado após fazer o pagamento. Ele disse que havia pegado a guarda provisória da irmã em consideração à mãe que faleceu, mas que se arrependeu.