O fato nada comum aconteceu na noite de sábado (17) no Centro de Atenção Psicossocial- CAPS- do Bairro Bela Vista, em Patos de Minas. O jovem de 25 anos foi até a unidade e exigia que a companheira de 22 anos fosse internada. Ao ser negado, ele passou a ameaçar, xingar e danificar o portão. Os funcionários chegaram a ouvir um disparo de arma de fogo. O casal acabou preso no apartamento deles após resistirem à ação policial.
De acordo com informações da Polícia Militar, os funcionários do CAPS informaram que o homem exigia que a companheira fosse recolhida ao estabelecimento de saúde e que ela, no entanto, chorava e se recusava a entrar e permanecer no local. De acordo com as vítimas, após informarem sobre a impossibilidade de que ela fosse recolhida ao local contra sua vontade, ele, aparentemente sob efeito de drogas, teria se irritado, passando a gritar e proferir ameaças afirmando que iria matar a todos, além de os desacatar, chamando-os de "desgraçados" e "bando de p...".
Em seguida, conforme relato das vítimas, ele teria passado a chutar o portão de entrada do estabelecimento de saúde, causando amassamentos diversos, danificando-o. Relataram que ela teria saído do local, a pé, tendo ele evadido do local conduzindo um veículo Honda/Civic, de cor preta.
Antes de sair do local, ele teria afirmado que retornaria com uma arma de fogo. As vítimas relataram que alguns minutos após o primeiro fato, ele teria retornado por duas vezes e, em ambas, arremessado tijolos e pedras contra o portão do local. Informaram ainda que, antes de ele arremessar o tijolo, teriam ouvido um estampido, acreditando se tratar de um disparo de arma de fogo, provavelmente de calibre .22.
A equipe deslocou até o endereço da jovem na Rua dos Xavantes, onde os militares ouviram discussão exaltada entre o casal. Ela atendeu os militares e, questionada, confirmou que seu companheiro, de fato, seria o autor do dano ocorrido no CAPS. Logo em seguida, ele saiu do quarto aos gritos e bastante agressivo.
Foi dada ordem a ele para se postar em posição de busca e colocar os mão sobre a cabeça. No entanto, ele desobedeceu e correu para o interior de seu quarto, permanecendo no interior por alguns segundos. Em determinado momento, ele saiu do quarto e partiu em direção aos militares, ignorando as ordens de parada.
Considerando a informação de disparo de arma de fogo por parte, os militares, sob abrigo de escudo balístico insistiram em conversar com ele, que, aparentemente sob efeito de droga ilícita, continuou em direção aos militares. A fim de contê-lo, preservar a integridade física dos militares e garantir a execução da captura, foi necessário realizar disparos com pistola de emissão impulsos elétricos (peie).
Mas ele continuou resistindo ativamente à prisão efetuando chutes contra os militares. Através de torção de articulação de membros superiores e inferiores e uso de algemas foi possível imobilizá-lo. Durante a prisão, a fim de frustrar e impedir sua captura, a companheira interveio ativamente na ação policial partindo em direção aos militares, empurrando o policial.
Mesmo após ordem para se afastar, ela continuou com a ação. Em seguida, foi contida, imobilizada e algemada. Não foi localizada arma de fogo no imóvel. O casal foi levado para a Santa Casa de Misericórdia e depois levados para a delegacia. Ele recebeu voz de prisão em flagrante pela prática dos seguintes delitos: dano qualificado a patrimônio público, ameaça, desacato, desobediência e resistência. Já a companheira dele foi presa por desobediência e resistência.