Patrícia Aparecida da Silva, de 27 anos, procurou a reportagem do Patos Hoje para expor uma situação que viveu dentro de uma empresa em Patos de Minas. Ela afirma que o encarregado do setor onde trabalhava a chamou de “nega preta” e ainda fez ameaças. O caso teria ocorrido no sábado (25), mas Patrícia decidiu denunciar apenas na terça-feira (28), após ser demitida pela empresa terceirizada, responsável pela contratação de profissionais. A Polícia Militar foi acionada e registrou o boletim de ocorrência.
A vítima contou à nossa reportagem que trabalhava há cerca de cinco meses como auxiliar de produção na empresa Minas Mais, em Patos de Minas. Ela foi contratada pela Job Terceirização, empresa que faz a captação dos profissionais. Segundo Patrícia, nas primeiras semanas ocorreram alguns desentendimentos com o encarregado, mas nada grave como nos últimos dias. “Ele só me tratava diferente das outras meninas. Tudo que eu fazia para ele era tudo errado e ele fazia eu fazer tudo de novo”, afirmou Patrícia.
Ela relatou que, ao encerrar o expediente e sair da empresa, por volta das 15h30 de sábado (25), o encarregado pisou em seu pé. Patrícia afirmou que perguntou: “Você não está vendo eu aqui? ”, e, em seguida, o encarregado, nervoso, teria dito: “Você vai ver só, sua nega preta.” Ela contou que se sentiu humilhada pela situação e foi embora para casa. Outros funcionários teriam presenciado a cena.
Na terça-feira (28), Patrícia foi trabalhar normalmente. Ao chegar na portaria, foi informada de que deveria se dirigir ao RH da empresa. No local, a Job Terceirização comunicou a dispensa, porém, segundo Patrícia, não informou o motivo da demissão. Indignada com a situação, a mulher decidiu acionar a Polícia Militar e denunciar o encarregado.
Patrícia afirmou que não fez a denúncia no dia do ocorrido por medo das ameaças. No boletim de ocorrência, consta que o homem negou ter xingado ou ameaçado Patrícia. O encarregado ainda afirmou ter sido ameaçado pela mulher, o que foi negado por Patrícia. O boletim de ocorrência informa que ninguém foi conduzido à delegacia “devido ao fato ter ocorrido em data pretérita”. A mulher contou que já contratou um advogado para processar o homem.
O Patos Hoje tentou contato com o encarregado, por meio do número informado no boletim de ocorrência, mas o celular indicou que o “número de telefone não existe”. Caso o envolvido queira se pronunciar após a publicação desta reportagem, terá o mesmo espaço concedido.
O Patos Hoje entrou em contato com a empresa Job Terceirização, por meio de ligação, por volta das 16h50, dessa quinta-feira (30), e aguarda posicionamento.
O Patos Hoje também entrou em contato com a empresa Minas Mais que se pronunciou por meio da seguinte nota:
“Agradecemos o contato e o interesse em ouvir a posição da empresa.
Informamos que, por uma questão de sigilo e respeito à privacidade das partes envolvidas, não comentamos publicamente casos individuais de colaboradores, especialmente quando se trata de empregados de empresas terceirizadas. No entanto, reforçamos que a empresa mantém um compromisso firme com a ética, a diversidade e o respeito no ambiente de trabalho, tratando qualquer denúncia com seriedade e conduzindo as devidas apurações conforme os procedimentos internos e a legislação vigente.
Colocamo-nos à disposição para esclarecer eventuais dúvidas institucionais”.
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