A COPASA respondeu à ação proposta pela Prefeitura Municipal sobre o episódio que deixou moradores de Patos de Minas cerca de 6 dias sem água. A companhia manifestou dizendo que não houve falha na operação e que o desabastecimento está de acordo com a legislação. Ela também disse que a capacidade de reservar água no município está muito além do previsto nas normas. Segundo a empresa, teriam acontecido duas situações atípicas que resultaram na falta d’água.
Primeiro, a empresa pede a extinção da ação, uma vez que o fornecimento de água já se encontra completamente normalizado na cidade. Depois, ela explica que a empresa conta com uma capacidade de reserva de água muito além do exigido pelas normas. Segundo ela, tem 48 reservatórios espalhados pelo município, com capacidade de reserva de água de 22.105m³. Segundo a empresa, a norma técnica obriga que ela tenha capacidade de reservar 1/3 do volume do dia de maior consumo, o que daria apenas 9.013 m³ de água.
Em seguida, ela argumenta que houve duas ocorrências não previstas e sucessivas, imediatamente após uma paralisação programada na captação de água bruta, mas que não houve falha, porque a legislação prevê que não se caracteriza como descontinuidade do serviço a sua interrupção em situação de emergência ou após prévio aviso. E que os serviços poderão ser interrompidos em situações de emergência que atinjam a segurança de pessoas e bens ou pela necessidade de efetuar reparos, modificações ou melhorias de qualquer natureza nos sistemas.
De acordo com o relatório enviado pela empresa sobre o episódio, na terça-feira (18/06), foi interrompido o bombeamento de água do Rio Paranaíba até a ETA no período de 07h30 às 10h30, a fim de possibilitar a troca do conjunto de motobombas para um mais moderno e de maior potência. Nesse período, a água existente nos reservatório foram suficientes para manter o abastecimento a toda a cidade.
Já na quarta-feira (19/06), apesar do comunicado prévio quanto à paralisação do bombeamento – para continuidade da troca das motobombas – nenhuma paralisação foi necessária. Na quinta-feira (20/06), ainda de acordo com a manifestação da Copasa, houve necessidade de interrupção emergencial do bombeamento de água da captação do rio Paranaíba no período de 05h20 às 13h40, em razão da verificação de risco potencial para a estrutura do poço de sucção, que acarretaria a inundação do local onde estão instaladas as bombas do alto recalque, trazendo prejuízos consideráveis ao fornecimento de água para todo o município. O volume de água então existente nos reservatórios não foi suficiente para manter o abastecimento aos imóveis. Mas com o retorno do bombeamento às 13h40, o abastecimento de água foi sendo gradualmente restabelecido, sendo que os imóveis localizados nas regiões mais baixas são os primeiros a serem atendidos, em razão da força da gravidade exercida.
Já na sexta-feira (21/06), os reservatórios continuaram a ser abastecidos, de forma gradual, com o bombeamento em funcionamento há 24 horas. A fim de minimizar os impactos sofridos pela população nas regiões mais altas da cidade, a Copasa percorreu durante todo o dia as regiões críticas, realizando manobras operacionais. Os reservatórios continuaram acumulando água, no entanto, o volume ainda estava abaixo do ideal.
No sábado (22/06), o vazamento da adutora de água de grande porte (DN 400mm) do sistema acarretou perda considerável do volume de água produzido e afetou o sistema, que ainda estava em recuperação devido às paralisações do bombeamento ocorridas nos dias anteriores.
No domingo (23/06), o bombeamento da captação de água permaneceu contínuo durante 24h por dia, possibilitando a recuperação gradual do volume de água dos reservatórios. Na segunda-feira (24/06), o bombeamento da captação de água permaneceu contínuo durante 24h por dia, possibilitando a recuperação gradual do volume de água dos reservatórios. Já na terça-feira (25/06), o bombeamento da captação de água permaneceu contínuo durante 24h por dia, possibilitando a recuperação gradual do volume de água dos reservatórios. E somente na quarta-feira (26/06), os reservatórios foram plenamente abastecidos e o sistema foi totalmente reestabelecido com o abastecimento regular em todas regiões do município.
Na ação proposta pela Prefeitura, o município pediu que fosse reestabelecido e garantido o abastecimento de água potável em Patos de Minas, sob pena de multa de R$100 mil por dia; que a Copasa mantivesse e garantisse o fornecimento contínuo, adequado, eficiente, regular de água potável e tratada, durante as 24 horas do dia, em quantidade suficiente ao abastecimento diário de toda a população local, sob pena de bloqueio nas contas bancárias e que a companhia informe e dê ampla divulgação aos consumidores aos casos inevitáveis e legais de interrupção do fornecimento, esclarecer as razões da interrupção.
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