O trabalho de investigação começou nessa segunda-feira (05). Os membros da comissão foram para a Ceasa Regional, primeiramente, tentar entender o funcionamento do órgão. Cerca de mil pessoas, entre comerciantes e produtores, circulam pela Central de Abastecimento de Patos de Minas em dias de comercialização. A arrecadação na Ceasa vem dos estacionamentos e dos espaços usados pelos produtores para exporem seus produtos, as chamadas pedras.
Informações preliminares mostram que o dinheiro das pedras e dos estacionamentos chegavam a um caixa único da Ceasa e, depois de contabilizado, era entregue ao diretor de abastecimento Edgar Pinheiro, para fazer o depósito no banco. Era aí que acontecia o desvio. Ao invés de depositar todo o dinheiro, o diretor de abastecimento desviava uma boa parte.
De acordo com Francisco Frechiani o trabalho da comissão será de descobrir o tamanho exato do desvio e tentar reaver o dinheiro para os cofres públicos. Os produtores e comerciantes da Ceasa têm mais perguntas. Eles querem saber se existem outros envolvidos. “Como pode alguém desviar mais da metade de tudo o que é arrecadado no órgão durante mais de um ano e ninguém ver”, questionou o produtor Sebastião da Silva.
O trabalho da comissão está apenas começando. De acordo com Jonas Aparecido Alves, controlador interno da Câmara, as informações colhidas no local também serão encaminhadas aos vereadores para que o Legislativo tome as providências cabíveis para o caso. O desvio de dinheiro na Ceasa foi descoberto depois que os vereadores encaminharam um requerimento pedindo informações a respeito do órgão.
Autor: Maurício Rocha
