O comando do 10º Departamento da Polícia Civil de Patos de Minas reuniu a imprensa na manhã desta sexta-feira (09) para por fim a boatos e explicar o andamento das investigações do assassinato brutal de Aparecido Eli Rosa. O motorista de 37 anos foi encontrado morto, na última terça-feira (06), nos fundos de uma casa, na rua Aleixo Pereira, no bairro Jardim Paulistano.

Aparecido estava desaparecido desde o início da manhã de domingo (04). Os familiares encontraram o carro dele na manhã de segunda-feira e um dia depois, poucos metros à frente, nos fundos de uma casa abandonada, estava o corpo com muitos sinais de tortura. Depois de passar várias horas sendo torturado, o motorista foi morto com três tiros no peito e um na cabeça.

O caso desafia a polícia de Patos de Minas e os boatos tomam conta da cidade. De acordo com o delegado Márcio Siqueira, que comanda as investigações, a informação de que ele teria denunciado um colega de trabalho por possíveis fraudes não é verdadeira. O chefe do 10º Departamento da Polícia Civil também descartou o envolvimento no crime de um suposto amigo que teria ligado para o motorista de madrugada pedindo socorro. “Pelo menos por enquanto não há indícios da participação dele”, afirmou.

Márcio Siqueira informou que já tem 60% das investigações concluídas, mas disse que o caso poderia estar muito mais adiantado. Ele reclamou da demora da família em comunicar o caso a Polícia. “Nós só ficamos sabendo do desaparecimento na segunda-feira (05) à noite. Imediatamente, acionamos a equipe e iniciamos as investigações”, disse. O delegado regional Elber Barra Cordeiro passou boa parte daquela noite colhendo depoimentos.

Outra reclamação da Polícia Civil é com relação ao carro de Aparecido Eli. O veículo foi encontrado na manhã de segunda-feira e tirado do local sem ter sido periciado. De acordo com Márcio Siqueira, muitas provas se perderam naquele momento. Ele orientou as pessoas a procurarem as forças policiais sempre que houver um desaparecimento.

Apesar dos avanços nas investigações, os delegados não quiseram adiantar detalhes do trabalho que está sendo feito para descobrir o motivo e os autores do crime. “Estamos caminhando e vamos chegar a algum lugar”, informou Márcio Siqueira. Ele esclareceu que não vai dar mais detalhes para não prejudicar as investigações. “É um inimigo frio e inteligente e eu não posso municiar ele”, concluiu.

De acordo com o delegado regional, Elber Barra Cordeiro é importante que as pessoas colaborem com as investigações passando informações que possam levar aos autores. O telefone da Polícia Civil é o 197. A pessoa não precisa se identificar.