Os crimes de violência contra a mulher não param de ser registrados. Na noite dessa segunda-feira (21), uma mulher foi parar no hospital após ser agredida pelo marido. A agressão aconteceu após eles discutirem devido à apreensão do veículo dele. Ela contou que já foi agredida outras vezes, mas nunca o denunciou e não irá denunciá-lo.

A Polícia Militar foi registrar a ocorrência após receber uma denúncia anônima de que a vítima havia dado entrada no hospital de madrugada devido à agressão. Ela havia relatado que tinha sofrido uma queda. Os médicos constataram que ela apresentava um trauma na região do abdômen e hematúria, nome dado à ocorrência de sangue na urina.

Bastante receosa em falar com os policiais sobre o que havia ocorrido, dizendo que não queria que seu marido fosse preso, ela confirmou que foi agredida por ele. Ela contou que estão juntos há 23 anos e que já sofreu agressões anteriores, contudo nunca acionou a polícia. Ela foi agredida com socos na região abdominal e que as agressões se deram após ele descobrir que o carro dele havia sido apreendido pela polícia e por ela ter tentado esconder essa informação.

Apesar disso, a vítima relatou que não iria até a delegacia prestar depoimento, porque seus familiares não podem descobrir que foi agredida, que já está disposta a se separar do marido e que vai para casa de familiares assim que sair do hospital.

Diante da gravidade das lesões, o acusado acabou preso. Ele disse para os militares que agrediu sua mulher com um empurrão e que ela caiu em cima do vaso do banheiro. O motivo seria porque ela mentiu sobre o carro dizendo que ele estava na oficina. Ele disse que após a agressão a esposa começou a sentir dores e estava urinando sangue, tendo pedido ajuda a um vizinho para que a levasse ao hospital.

A violência doméstica tem sido um dos crimes mais recorrentes na região e as autoridades orientam as vítimas a sempre denunciarem para que os culpados não fiquem impunes. No último mês de outubro, foi sancionada uma nova lei que aumentou a pena para crimes praticados contra a mulher e, nesse caso, a autoridade policial não pode mais arbitrar fiança.