Imagem Ilustrativa. (Foto: Google/Agência Pública)

Uma operação realizada este mês por fiscais do trabalho, Polícia Militar e Polícia Federal encontrou trabalhadores vivendo em condições análogas à de trabalho escravo no município de Ibiá. A ação foi coordenada pela auditoria-fiscal do Trabalho da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia e terminou com o resgate de 13 trabalhadores.

Os auditores-fiscais constataram que os trabalhadores dormiam em um barracão de lona e madeira coberto com telha de amianto, sem infraestrutura, higiene e privacidade. Em outro, os empregados tomavam banho de água fria há 15 dias devido a problemas nas instalações elétricas. As pessoas resgatadas relataram também que um dos empregadores vendia produtos aos empregados e anotava em uma caderneta os valores, na opinião deles abusivos, que seriam descontados dos salários posteriormente.

Dos 13 trabalhadores, apenas um deles tinha carteira de trabalho assinada. Eles também não recebiam equipamentos de proteção individual para realizar as atividades; nas frentes de trabalho não havia acesso a instalações sanitárias, água potável e local adequado para as refeições; e para as necessidades fisiológicas eram usadas as áreas de mata próximas.

O grupo teve seus contratos de trabalho rescindidos, recebeu atendimento de assistência social e foi encaminhado de volta às suas cidades de origem. Eles também receberam todas as verbas rescisórias, que somam aproximadamente R$ 70 mil, e tiveram as guias de seguro-desemprego especial para resgatados emitidas.