Michele Duarte, atualmente universitária do curso de enfermagem na cidade de João Pinheiro, relatou nas redes sociais ter sido vítima do preconceito com relação a sua opção sexual em Patos de Minas. Ela disse que não pôde ficar em um hotel porque estaria com a companheira que é do mesmo sexo. Elas foram barradas quando seguiam para o quarto. O hotel negou relatando que elas foram impedidas porque o pagamento havia sido feito apenas para uma pessoa.
O caso aconteceu nessa terça-feira (18) no Hotel Paulo situado na Avenida Paranaíba, Bairro Brasil. De acordo com a técnica de enfermagem, ela e a companheira com quem convive há cinco anos chegaram juntas ao hotel por volta das 13h00, escolheram um quarto de casal, a companheira efetuou o pagamento normalmente e elas subiram para deixar as malas. Depois, elas desceram e saíram para comer alguma coisa.
Por volta das 18h00, elas voltaram juntas. Neste momento, quando foram subir para o quarto, foram barradas pelo funcionário. Segundo Michele, o motivo apresentado pelo gerente foi porque o dono do hotel não aceita a hospedagem de casais do mesmo sexo. “Ele então nos pediu para deixar o estabelecimento”, disse.
Ele devolveu o dinheiro e Michele acabou tendo que ficar na casa de um amigo. Ela contou que ficou indignada, mas saiu sem causar nenhum transtorno. A técnica em enfermagem condenou o tratamento dizendo que este é um típico caso de homofobia. Ela destacou que outras providências já estão sendo tomadas e vai levar o caso à justiça. Nas redes sociais, o caso ganhou uma grande repercussão.
Sem querer expor a companheira, ela destacou que elas moram juntas há cinco anos. “Não era só passar uma noite”, disse. “Eu estou morando em João Pinheiro há seis meses. Voltei a Patos de Minas para transferir o meu curso de enfermagem. Só queria um lugar para poder ficar e descansar”, concluiu.
O Patos Hoje entrou em contato com o hotel no início da manhã desta quinta-feira (20) e a versão foi muito diferente. O gerente Emerson Gonçalves da Silva contou que a companheira dela foi impedida de subir para o quarto simplesmente porque o pagamento foi apenas para uma pessoa. “Foi individual. Pagou para uma e queria subir as duas?”, disse.
Ele acrescentou dizendo que é um comércio e está ali para trabalhar e respeitar as pessoas. “Ela já estava hospedada. Nós não impedimos ninguém de se hospedar. Tanto é que o dinheiro que devolvi foram apenas os R$50,00 que ela havia pago, justamente o preço com desconto para uma pessoa,” disse.
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