O acidente foi no Km 177 da MGC 354 próximo ao trevo de acesso à Escola Agricola.

Os números são assustadores. Levantamento realizado pelo Patos Hoje mostra que pelo menos oitos pessoas morreram no trânsito de Patos de Minas somente nos quatro primeiros meses deste ano. São homens de diferentes idades, trabalhadores, pais de família que perderam a vida na correria do dia a dia.  Fatalidades que na maioria dos casos poderiam ter sido evitadas.

Foram três mortes somente neste mês de abril, duas esta semana. O trânsito não escolhe idade, classe social ou sexo, embora os homens sejam as principais vítimas. Eles estão presentes, segundo estatísticas da Polícia Militar, em 88% dos acidentes. Entre os mortos neste ano de 2019 no perímetro urbano de Patos de Minas estão apenas homens e de todas as idades.

Aos 92 anos, o senhor Luiz Graciano de Sousa morreu atropelado por uma motocicleta conduzida por um adolescente de 17 anos, quando tentava atravessar a avenida Paranaíba. Outro aposentado, o Sebastião José Ribeiro, de 80 anos, também morreu atropelado por uma carreta no mês de fevereiro quando tentava atravessar a avenida Piauí. Mas o problema não é a idade.

O médico Matheus Cardoso Neves, de 36 anos, teve a caminhonete que dirigia atingida por um caminhão desgovernado e morreu na hora. Além dele, três motociclistas ainda jovens perderam a vida para o trânsito, o último deles um trabalhador de 45 anos que voltava do serviço de madrugada e bateu em um boi que estava no meio da MGC 354.

A Polícia Militar tem reforçado a fiscalização com blitz e realizado campanhas educativas, mas os números do trânsito em Patos de Minas continuam impressionando. Segundo o capitão Duarte, em 2018 foram registrados 2447 acidentes no perímetro urbano, sendo 1221 com vítimas de ferimentos. O policial explica que em pelo menos 70% dos acidentes havia pelo menos uma motocicleta envolvida.

E esses números podem ser ainda maiores, tanto de acidentes quanto de vítimas fatais. Em muitos casos a Polícia Militar nem é acionada e muitas vítimas de ferimentos morrem tempos depois e podem se perder das estatísticas.  Os dados provam que os esforços realizados até agora não foram suficientes para conter a violência das ruas e para conscientizar os usuários das vias públicas de que o trânsito mata. As estatísticas mostram que as autoridades de trânsito terão que fazer muito mais se quiserem inverter esta triste realidade.