O caseiro da propriedade acredita que a área total do curral seria de cerca de 3 hectares.
Uma comissão de vereadores foi até a Fazenda às margens da MGC 354, nesta quinta-feira (08), verificar onde realmente teriam ocorrido as benfeitorias realizadas por funcionários, máquinas e caminhões da Prefeitura Municipal de Patos de Minas. A denúncia partiu de um produtor rural. Os vereadores fizeram fotos do local e confirmaram que toda a área onde houve a prestação de serviço era particular.

O funcionário da fazenda contou que a propriedade de Hamiltom Porto começa às margens da MGC 354 e vai até o alto, onde teriam sido realizadas as benfeitorias. De acordo com o vereador José Osmar-Guiguim, foi constatado que o serviço consistiu em colocar cascalho dentro do curral, perto das cocheiras para as vacas beberem água e consertar áreas desniveladas.

O caseiro da propriedade acredita que a área total do curral seria de cerca de 3 hectares. As obras ainda se expandiram até o pátio da sede, onde foi utilizado cascalho para consertar cerca de 200 metros de estrada até a casa e toda a porta da sede. “Ao todo, dezenas de caminhões de cascalho foram utilizadas neste local”, comentou.

José Osmar ainda contou que o diretor de obras mentiu quando foi até Câmara Municipal nessa quarta-feira (07). Segundo o vereador, o diretor de obras da prefeitura, Severo Queiroz, disse que as obras aconteceram apenas em estradas vicinais. “Ele mentiu, porque ficou constado que o cascalho foi usado dentro da fazenda e não em estrada vicinal”, afirmou o vereador.

O vereador Braz Paulo, presidente da CUTTMA- Comissão de Urbanismo, Transporte, Trânsito e Meio Ambiente, informou que será realizado um relatório descritivo do que foi constatado no local. Segundo ele, o documento será apresentado em 12 dias na Câmara Municipal. “Provavelmente será discutido na reunião do dia 22 de agosto”, contou.

De acordo com o vereador, o documento servirá para futuras providências e pode chegar a ser instalada uma Comissão Parlamentar de Inquérito-CPI. “O que eu prefiro que não aconteça para evitar o desgaste”, disse Braz Paulo. O legislador contou também que as informações poderão ser enviadas ao Ministério Público para fundamentar outras providências, como um Inquérito Civil Público.

Participaram também do trabalho de análise os vereadores Bartolomeu Ferreira, o Cabo Batista e Otaviano Marques que acabou tendo que deixar o local mais cedo. A Assessoria de Comunicação da Câmara Municipal também registrou o trabalho. Depois disso, eles foram até o local onde teria sido retirado todo o cascalho sem licença ambiental. Dois autos de infração foram realizados pela Polícia Militar de Meio Ambiente.

Autor: Farley Rocha