Os envelopes da licitação foram abertos no dia 21 de fevereiro de 2014. ( Foto: Arquivo Patos Hoje )
O vice-reitor no exercício do cargo de Reitor da UFU, Eduardo Nunes Guimarães, publicou um extenso artigo nessa segunda-feira (28) rebatendo algumas críticas de que a UFU teria favorecido um doador em detrimento a outros no processo de licitação que escolheu dois terrenos na região dos 30 Paus para a construção do campus da universidade em Patos de Minas. O artigo também fala que a escolha pode ainda não ter sido definitiva.

O artigo usa 7 argumentos distintos para mostrar a transparência da licitação e que outros doadores não participaram do processo porque realmente não tiveram interesse. O texto fala que o mesmo modelo utilizado no edital já foi utilizado em vários estados do Brasil; houve tempo hábil para a contestação das regras sem que houvesse qualquer discordância; o edital cumpriu todos os prazos, dando ampla publicidade; o edital foi apreciado pelo Conselho da UFU e também pelo Ministério Público, não sendo encontradas quaisquer irregularidades;

O quinto argumento é que o edital determinou que as doações deveriam estar livres e desimpedidas para dar celeridade ao processo, o que já excluiria o terreno que participou da licitação. O doador só participou devido a uma liminar concedida pela justiça. Já a cláusula que obrigava todos doadores a cederem os bens foi necessária para evitar concorrência e que assim as subjetividades não fossem motivo para ações judiciais; e, por último, o edital não foi direcionado aos grandes doadores porque os pequenos poderiam se unir para fazer as doações.

Além dos argumentos que rebateram as críticas sobre os possíveis favorecimentos no edital de licitação, o texto revela que a UFU continua interessada no terreno da EPAMIG, na região da Escola Agrícola. O interesse é porque ainda não foi concluída a licitação, não havendo ainda um resultado definitivo. A dúvida maior é porque a área na região dos 30 Paus participou da licitação com uma liminar concedida pela justiça, decisão esta que pode ser cassada.

No entanto, entramos em contato com os responsáveis pela doação que se mostraram tranquilos quanto a isso. Segundo eles, a liminar foi concedida pelo Tribunal Regional Federal em Brasília que é o mesmo que vai julgar a ação. Eles ainda argumentaram que os únicos que poderiam pretender cassar a liminar são a UFU e o Ministério Público, os quais já revelaram que não possuem qualquer interesse em fazer isso, porque o processo foi totalmente transparente e sem qualquer irregularidade.

Quanto ao resultado final da licitação, a previsão era para o dia 25 deste mês, mas a definição acabou não acontecendo. Entramos em contato com a diretoria de comunicação da UFU que não soube informar qual será a nova data para o anúncio do resultado final do processo licitatório. Veja o texto .

Autor: Farley Rocha