As manifestações contra a Proposta de Emenda à Constituição 241, agora PEC55, ganharam mais força em Patos de Minas. Os técnicos-administrativos da UFU -Campus Patos de Minas- entraram de greve. Cerca de 97% da categoria aderiu ao movimento que está em curso nacionalmente nas instituições federais de ensino. Eles temem que a proposta atrase ainda mais a construção do campus na cidade.
A greve teve início no dia 24 de outubro. Todo o movimento conta com o apoio e orientações do SINTET-UFU, Sindicato dos Trabalhadores Técnicos-Administrativos e do Conselho Universitário, órgão máximo da universidade.
De acordo com os coordenadores do movimento, a greve não tem conotação meramente salarial ou de melhoria do plano de carreira. O objetivo maior, neste momento, é manifestar contra a forma como a PEC 241 foi proposta e apreciada na Câmara sem que houvesse uma ampla discussão com a sociedade e especialmente contra o congelamento de gastos na Educação e Saúde. Agora essa proposta de emenda à constituição está no Senado Federal como PEC 55.
Os técnicos da UFU informaram que, para a categoria, a proposta de emenda constitucional, popularmente conhecida como PEC do teto dos gastos públicos, representa um retrocesso na garantia de investimento em áreas básicas para a população. “Ao propor o congelamento dos investimentos públicos por 20 anos, garantindo apenas sua correção com relação à inflação do ano anterior, a PEC compromete fundamentalmente áreas como saúde e educação”, ressaltaram.
O movimento acredita que o ajuste fiscal é necessário ao controle dos gastos públicos, mas não como estipulado pela proposta em curso. De acordo com os técnicos, a PEC ao restringir os limites dos investimentos em áreas prioritárias, penaliza especialmente a população que mais necessita dos serviços públicos.
Os técnicos ainda destacam que os cortes efetuados pelo governo já estão afetando significativamente as atividades de ensino, pesquisa e extensão. E o congelamento proposto afetará ainda mais, implicando na redução das bolsas de assistência estudantil, de iniciação científica e nas pesquisas em curso. E eles temem algo que os patenses já estão cansados. Segundo eles, a PEC implicará em mais atrasos na construção do campus da UFU em Patos de Minas, haja vista que os cortes afetarão principalmente as áreas de investimento.
Os técnicos informaram que os docentes e alunos optaram por não aderir ao movimento até o fim do semestre. Sendo assim, apenas as atividades relativas aos técnicos de laboratório e administrativos (biblioteca, secretarias, tecnologia da informação, atendimento ao aluno e outros) estão paralisadas.
Durante a greve os técnicos tem se reunido semanalmente para discutir o movimento e desenvolver uma agenda de ações como panfletagem, mobilização da comunidade local, palestras sobre a conjuntura nacional e articulação com demais sindicatos da cidade.
Para conhecer mais sobre o movimento, as pessoas podem acessar o site www.sintetufu.org /. Eles também deixaram o site do Senado Federal para que as pessoas se posicionem a respeito da PEC. https://www12.senado.leg.br/ecidadania/visualizacaomateria?id=127337&voto=contra
Autor: Farley Rocha com Ascom SINTET-UFU
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