A novela envolvendo o acordo coletivo entre o sindicato dos comerciantes e o sindicato dos empregados do comércio parece estar longe do capítulo final. Isso porque já estamos no segundo semestre e as partes ainda não chegaram em um denominador comum. Nossa reportagem conversou com os presidentes do Sindcomércio e do Sindec na manhã desta sexta-feira (22) e eles falaram os motivos da não realização do acordo.

Desde o início do ano, os dois lados vêm tentando entrar em um acordo que seja satisfatório para empregados e empregadores, mas as conversas não têm avançado muito. De acordo com Eduardo Soares, presidente do Sindcomércio, quando um acordo verbal estava firmado, algumas coisas mudaram e as negociações voltaram a estaca zero.

Eduardo contou que uma reunião jurídica das duas partes em Belo Horizonte no final de junho e que um acordo verbal firmado poderia dar fim a novela, entretanto isso não aconteceu. “Quando a gente foi assinar o acordo coletivo, o texto havia sido mudado e não constava nada daquilo que nós havíamos firmado anteriormente e por esse motivo nós não assinamos” disse Eduardo.


Já o presidente do Sindec, Ascendino César disse que há uma série de imposições que não são satisfatórias para o empregado do comércio. Ascendino contou que mesmo sem realizar o acordo com o sindicato patronal, o Sindec vem firmando acordos direto com as empresas para que o trabalhador não fique lesado. Ele ressaltou ainda que precisa haver um equilíbrio entre as convenções coletivas de Patos de Minas e também de outras três cidades sendo Carmo do Paranaíba, Presidente Olegário e Lagoa Formosa.


“Nós queremos negociar dentro daquilo que leve benefício para o trabalhador e não somente para a categoria patronal, não podemos admitir isso de forma alguma” disse Ascendino. As duas partes disseram que ainda haverá mais conversas na tentativa de se chegar em um acordo.