Os servidores da Unidade de Pronto Atendimento realizaram um manifesto nesta quarta-feira (19) em Patos de Minas. Eles cobram maior valorização de seus trabalhos e também o abono salarial que foi concedido, pela Prefeitura, para profissionais que atuam na linha de frente em combate à COVID-19. Os servidores reforçam que sempre estiveram na linha de frente do combate à doença e cobram a gratificação.
Segundo os servidores da UPA, eles foram esquecidos pelo poder público municipal. Eles espalharam cartazes por toda a unidade e desenvolveram um texto onde mostram a luta para atender pacientes com a suspeita da doença bem como a insatisfação com a não valorização dos trabalhos feitos. De forma anônima, os servidores relataram que estão há cinco meses trabalhando na linha de frente do combate ao coronavírus, mas não foram lembrados pela prefeitura na hora de conceder uma gratificação aos profissionais de saúde.
“Não querem reconhecer que desde o início fomos nós quem atendemos os pacientes com Covid-19, nós fomos a linha de frente por muitos meses sozinhos. Nós continuamos a atender pacientes contaminados, continuamos a atuar na linha de frente, nós também corremos risco de contaminação iminente. Nós também merecemos ser gratificados. Queremos ser reconhecidos e valorizado” dizem os profissionais de Enfermagem da Unidade de Pronto Atendimento.
O projeto de Lei, aprovado na Câmara Municipal no último dia 05 de Agosto, destinou R$850,00 de gratificação aos servidores, do município de Patos de Minas, que atuam na prestação de serviços relacionados com medidas de combate a COVID-19 no Hospital de Campanha, no Centro de Atendimento para Enfrentamento à COVID-19, nas ambulâncias e veículos destinados ao transporte de pacientes em tratamento da doença. A medida vale enquanto durar a pandemia.
Quanto à reivindicação de servidores da UPA para recebimento de abono pecuniário, a Secretaria Municipal de Saúde esclarece:
- conforme a Lei Complementar Federal 173/2020, até 31 de dezembro deste ano, municípios só podem conceder abono a profissionais de saúde desde que relacionados a medidas de combate à Covid-19;
- por isso a Lei Complementar 627, de agosto de 2020, prevê R$ 850,00 apenas para servidores municipais que atuam na prestação de serviços em situação de risco direto - E NÃO EVENTUAL - de contaminação pelo novo coronavírus, o que engloba profissionais atuantes no Hospital de Campanha, no Centro de Atendimento para Enfrentamento à Covid-19, em ambulâncias e veículos destinados ao transporte de pacientes em tratamento da doença;
- o trabalho exercido pela equipe da UPA é essencial em Patos de Minas, contudo os profissionais da Unidade de Pronto Atendimento NÃO LIDAM DIRETAMENTE com o atendimento a infectados pela Covid-19, justamente porque foi instalada a ala anexa ao prédio principal para essa finalidade exclusiva.
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