O avanço da leishmaniose tem sido motivo de preocupação em Patos de Minas. Só este ano, a Secretaria Municipal de Saúde registrou 66 casos, um aumento de mais de 1000% se comparado ao ano de 2009, quando foram registrados apenas seis casos. Em 2008, a cidade não notificou nenhum caso da doença. Para evitar o avanço da leishmaniose, os órgãos de saúde intensificaram o trabalho de combate ao transmissor.


Na semana passada, o setor de vigilância ambiental da Secretaria Municipal de Saúde, iniciou um trabalho de bloqueio de transmissão contra a leishmaniose em Patos de Minas. A ação preventiva está sendo executada em oito bairros do entorno do Rio Paranaíba, com ações que vão desde o bairro Jardim Panorâmico até o Santo Antônio, na região onde foi diagnosticada a maioria dos casos da doença este ano.


Segundo a coordenadora da Vigilância Ambiental, Geize Soares, três mil residências serão visitadas por agentes sanitários. Eles vão aplicar inseticida dentro e fora das casas para evitar a proliferação do mosquito transmissor da doença. Além disso, os agentes farão um trabalho preventivo com orientações sobre prevenção e combate à doença.


A Leishmaniose é causada pelo protozoário do gênero Leishmania que pode ser transmitido pela picada da fêmea do mosquito flebotomíneo, conhecido como mosquito palha ou birigui. Manter os quintais limpos é o primeiro passo para evitar a doença.


Em Patos de Minas, a maioria dos casos diagnosticados é de leishmaniose cutânea. Também conhecida como tegumentar, a leishmaniose cutânea é caracterizada por lesões na pele, podendo também afetar nariz, boca e garganta. Todos os casos registrados este ano já estão sendo tratados.


O trabalho de bloqueio do mosquito transmissor deve se prolongar pelos próximos 20 dias. Entre os meses de Dezembro e Janeiro, a Secretaria Municipal de Saúde fará uma nova pulverização.