O Kremlin acusou os Estados Unidos (EUA), nesta quarta-feira (9), de declararem guerra econômica à Rússia que está semeando o caos nos mercados de energia. Alertou Washington que está analisando qual será a resposta ao veto norte-americano ao petróleo russo.
A economia da Rússia está enfrentando a crise mais grave desde a queda da União Soviética em 1991, depois que o Ocidente impôs pesadas sanções a quase todo o sistema financeiro e corporativo russo, após a invasão da Ucrânia.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, classificou as sanções do Ocidente como ato hostil que agitou os mercados globais e disse não estar claro até onde iria a turbulência nos mercados globais de energia.
"Você vê o caos, o caos hostil, que o Ocidente semeou - e isso, claro, torna a situação muito difícil e nos obriga a pensar seriamente", disse Peskov.
"Vemos que a situação nos mercados de energia está se desenvolvendo de forma bastante turbulenta - e não sabemos até onde essa turbulência irá", acrescentou.
Ele se recusou a descrever a natureza exata da resposta da Rússia. O presidente Vladimir Putin, líder supremo da Rússia desde 1999, fará reunião com representantes do governo nesta quinta-feira (10) para discutir como reduzir o impacto das sanções, disse o Kremlin.
A tentativa do Ocidente de isolar a Rússia - um dos maiores exportadores mundiais de petróleo, gás e metais - atingiu os mercados de commodities e aumentou a inflação em todo o mundo.
Questionado sobre os comentários do Kremlin, o vice-conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Daleep Singh, disse: "Esta é uma guerra de agressão brutal e desnecessária. Dissemos o tempo todo que, se a agressão aumentar, os custos também aumentarão".
"Eu não chamaria de guerra econômica. Esta é a nossa maneira de demonstrar determinação", afirmou Singh.
Fonte: Reuters/Agência Brasil
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