O reitor disse que o processo judicial a respeito da escolha do terreno pode demorar anos.
O reitor da Universidade Federal de Uberlândia, Elmiro Santos Rezende, foi até a Câmara Municipal na tarde desta quarta-feira (06) para explicar a situação do campus da UFU em Patos de Minas. Ele disse que o processo judicial a respeito da escolha do terreno pode demorar anos e outra alternativa pode ser adotada para agilizar a construção.

O prefeito da universidade, Régis Franco, também participou da reunião. Após o agradecimento da visita pelo Presidente da Câmara, Otaviano Marques, o reitor tranquilizou toda a população patense informando que a UFU não sairá da cidade. Ele também ressaltou a vontade de desenvolver um ensino de qualidade na cidade. Os parlamentares, então, passaram a fazer diversos questionamentos sobre a situação do campus.

Respondendo às perguntas, o administrador da UFU acabou informando que o local escolhido para abrigar a UFU, na região dos 30 Paus, atende às expectativas. Porém, o terreno é um pouco pequeno. Segundo ele, o tamanho ideal seria em torno de 50 hectares, como é o campus de Ituiutaba. Isso seria para garantir a UFU em um só lugar, sem precisar construir outros campi no futuro.

Quanto ao processo judicial sobre a escolha do terreno, ele contou que talvez não seja o melhor caminho esperar a decisão do judiciário, já que isso pode durar anos. Ele contou que o melhor seria resolver o problema de forma política e administrativa. No entanto, ele salientou que preferiria que ela permanecesse no mesmo local, porque senão o prejuízo poderia ser maior.

Ele contou que nesse caso, como foi o conselho universitário com diversos membros que escolheu o terreno, o melhor mesmo era ter prevalecida a orientação técnica. “A politização excessiva muitas vezes prejudica a população”, afirmou. “Se tivesse prevalecido a técnica, a construção já estaria bastante avançada como em outros campi”, exemplificou.

Ele também disse que se for transferida de lugar, o prejuízo poderá ser maior. Ele não soube falar se os gastos no local, que giram em torno de R$1 milhão, podem ser revertidos, porém o prejuízo temporal seria inevitável e isso sim poderia prejudicar a sociedade. O reitor confirmou que tem o desejo de resolver o problema da construção que está embargada pela justiça.

Pedindo o apoio do legislativo e do executivo patense, Elmiro Santos contou que vai levar o caso para o conselho universitário para que haja uma definição sobre o que fazer. Ele também contou que se não for possível a construção no local atual, outro lugar deve ser procurado. Durante a reunião, o administrador também confirmou que novos cursos podem vir para a cidade.

Autor: Farley Rocha