O jovem prefeito de Varjão de Minas, Rafael Detoni, explicou hoje, que o fechamento da prefeitura por seis dias na semana santa, foi uma ação conjunta com outras prefeituras da região para chamar a atenção para os efeitos da crise financeira. A Prefeitura de Varjão de Minas ficou fechada a partir de terça-feira (07) e só voltou a funcionar nesta segunda-feira (13).

De acordo com Rafael Detoni a decisão de fechar a prefeitura na terça e na quarta-feira, emendando com os dias santos, não trouxe nenhum prejuízo para a população já que os serviços essenciais continuaram funcionando. Ele explicou que ação foi coordenada, com outras prefeituras da região, para chamar a atenção do Governo Federal para a queda na arrecadação que chegou a 30% nos primeiros meses do ano.

Para manter a prefeitura funcionando Rafael Detoni cortou o próprio salário pela metade passando de R$ 9.000,00 para R$ 4.550,00. O prefeito também reduziu os salários dos secretários de R$ 2.117,00 para R$ 1.650,00 e os vencimentos dos chefes de divisão de R$ 821,00 para R$ 597,00.

O chefe do Executivo de Varjão de Minas explicou ainda que, se a arrecadação continuar em queda como agora, a Prefeitura terá que fazer demissões em seu quadro de funcionários. Outras medidas de contenção de despesas deverão ser adotadas ainda esta semana.

A redução nos repasses do Fundo de Participação dos Municípios e do ICMS atinge todos os municípios do país. Na próxima quarta-feira (15) a Associação dos Municípios vai fazer uma paralisação em massa. Varjão de Minas mais uma vez terá o atendimento ao público interrompido, permanecendo em funcionamento apenas os serviços essenciais.

Uma proposta foi encaminhada ao presidente Luís Inácio Lula da Silva para manter um piso de R$ 4 bi do FPM para os municípios.