Será que os brasileiros são conscientes dos riscos que enfrentam online? Segundo o Teste Nacional de Privacidade (TNP) de 2025, nem tanto. A pesquisa revelou que, embora o Brasil tenha conseguido avançar em alguns pontos, houve ainda muitos retrocessos. No geral, os brasileiros mantiveram certo nível de conhecimento, mas sua consciência cibernética geral diminuiu em comparação aos anos anteriores, ressaltando a necessidade de se reforçar o aprendizado de segurança online.
O que é o Teste Nacional de Privacidade?
O TNP é uma pesquisa em nível global que avalia a compreensão da população sobre cibersegurança por meio de 22 perguntas abarcando três categorias principais: hábitos digitais diários, consciência sobre privacidade e ameaças à segurança cibernética. Este ano, mais de 30.000 usuários de 185 países participaram da pesquisa.
Ao final do estudo, cada participante recebe uma pontuação que reflete sua “higiene cibernética”, e os países são classificados de acordo com suas médias nacionais. Os indivíduos também são classificados em quatro personas cibernéticas (Andarilho Cibernético, Turista Cibernético, Aventureiro Cibernético e Estrela Cibernética), que variam segundo seu nível de conhecimento.
Brasil em nono lugar
Em 2025, o Brasil ficou em nono lugar globalmente, dividindo a posição com México e Argentina, cada um com 54 pontos de 100. Essa é uma queda considerável em relação aos 57 pontos do Brasil em 2024, e 59 em 2023.
Embora o país ainda tenha um desempenho melhor que Espanha, Itália, Japão e Coreia do Sul, ficou bem atrás de líderes em segurança cibernética como Lituânia (62), Cingapura (61) e Finlândia (60).
Uma análise aprofundada dos resultados mostra que os brasileiros pontuaram abaixo da média global em todas as três categorias principais, sugerindo a necessidade de melhorias tanto em nível teórico quanto prático. Exemplos de assuntos frágeis incluem um baixo entendimento de golpes baseados em inteligência artificial , a falta de conhecimento sobre como armazenar senhas com segurança, e ignorância sobre métodos de proteção da rede Wi-Fi doméstica.
Mas nem tudo foi negativo. Entre as cifras favoráveis, destacaram-se a habilidade de criar senhas fortes (96%), o reconhecimento de ofertas de streaming suspeitas (94%) e a consciência de quais permissões não devem ser facilmente concedidas aos aplicativos (93%).
Como os brasileiros podem melhorar
Apesar do resultado um pouco decepcionante, não será difícil aos brasileiros se reerguer e conquistar uma experiência mais segura na internet. Para isso, basta seguir algumas recomendações dos especialistas.
Usar uma VPN
Uma rede virtual privada (VPN) é uma ferramenta capaz de ocultar o endereço IP e criptografar os dados transmitidos online, reforçando a segurança e privacidade na navegação. Uma dica é aproveitar as ofertas do mercado, onde se pode encontrar a melhor VPN com teste grátis , e avaliar sem compromisso se o investimento atende às suas expectativas.
Atualizar dispositivos e aplicativos
Um dos aspectos mais negligenciados da proteção cibernética, as atualizações corrigem falhas de segurança que os hackers exploram. Para usuários que tendem a esquecer ou voluntariamente ignorar essa tarefa, habilitar atualizações automáticas pode ser de grande ajuda.
Adotar um gerenciador de senhas
Embora saibam criar senhas fortes, os brasileiros desconhecem como armazená-las de maneira segura. É por isso que um gerenciador de senhas pode ser uma solução fundamental para incrementar os níveis de segurança de suas contas na internet.
Pensar antes de clicar
Outra grande fraqueza dos brasileiros foram os golpes baseados em IA. E-mails de phishing e sites falsos estão se tornando cada vez mais convincentes, e os brasileiros não parecem saber como agir diante deles. Informar-se melhor sobre os golpes mais recorrentes e sempre verificar remetente, domínio e URL dos sites antes de inserir informações pessoais pode ajudar na hora de se proteger.
Os resultados do Teste Nacional de Privacidade de 2025 trouxeram informações valiosas a respeito das competências brasileiras no que tange à cibersegurança. Se por um lado a maioria dos cidadãos demonstra sólidos conhecimentos básicos, sua compreensão de ameaças mais complexas ou emergentes (especialmente aquelas relacionadas à IA e à coleta de dados) permanece limitada.
A boa notícia é que, com pequenas mudanças de hábito, como as mencionadas acima, os brasileiros podem facilmente fechar a lacuna da cibersegurança e ter uma experiência digital muito mais segura e privada.
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