O proprietário de uma carretinha apreendida na segunda-feira (26), na MGC 354, em Patos de Minas, entrou em contato com o Patos Hoje e alegou que o veículo está regular. Ele contou que a carretinha passou pela vistoria e apenas uma letra na placa acabou divergindo do documento. No entanto, apesar da divergência, ele contou que já havia comprado o veículo desse jeito e não havia qualquer violação no lacre da placa. Ele pediu a restituição do veículo.

De acordo com informações da Polícia Militar Rodoviária, por volta das 16h45, durante operação Rota Segura/Operação Natalina 2022, a equipe PMRv abordou um Fiat/Palio emplacado em Patos de Minas, que tracionava uma carretinha com placa de identificação de modelo antigo, município de emplacamento Valparaíso de Goiás-GO, e era conduzido pelo dono de 34 anos, de Patos de Minas .

O condutor apresentou aos policiais o CRLV eletrônico do reboque. Os militares, ao conferirem o CRLV apresentado, perceberam que a placa constante no documento era diferente de placa do reboque, divergindo no primeiro caractere. Ao consultarem a placa presente no reboque pelo sistema informatizado, constataram que ela pertence a uma motocicleta Honda/CG 150 Titan de São Geraldo do Araguaia-PA.

Ao consultarem o número do chassi do reboque no sistema informatizado, os militares constataram que o chassi pertence a um reboque marca/modelo Milton Brasília CA, com a mesma placa do CRLV eletrônico apresentado, cujo proprietário é o condutor abordado. O condutor alegou que já comprou o reboque com a placa daquela forma, ou seja, com um M, ao invés de N, contudo ninguém tinha percebido a irregularidade.

Ele disse que transferiu o veículo regularmente e ninguém notou o problema. A placa, segundo ele, só teve essa divergência e que, se tiver ocorrido algo, até mesmo as autoridades policiais não perceberam. Ele destacou que não houve qualquer adulteração no selo da placa e precisa muito do reboque para trabalhar. Ele pediu que as autoridades fizessem a restituição do veículo, procedendo, se necessária, a devida regularização na letra da placa. Ele também pediu a restituição da fiança.

O Patos Hoje entrou em contato com a Assessoria de Comunicação da Polícia Civil e recebeu o seguinte posicionamento: “Sobre o reboque de placa NVV-3436 apreendido durante uma Operação da Polícia Militar, nesta segunda-feira(26/12), em Patos de Minas, a Polícia Civil de Minas Gerais(PCMG) informa que o reboque poderá ser restituído ao proprietário após sanadas as irregularidades apresentadas. Em relação à fiança, esta é depositada em uma conta judicial e fica à disposição do Poder Judiciário para pagamento das custas e despesas processuais, não sendo de competência da PCMG a análise de pedido de restituição. Quanto ao mérito da ratificação da prisão do conduzido, a PCMG informa que o veículo de propriedade do condutor estava com adulterações na placa, tanto no sistema alfanumérico, quanto na cidade de emplacamento, razão pela qual o bem foi apreendido e o proprietário preso.”