As perspectivas para o setor para o quarto trimestre já se mostram negativas. De acordo com o Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês), a contração da atividade industrial se acentuou em outubro, marcando um início do quarto trimestre difícil.

Neste cenário, os agentes econômicos querem mais sinais de como a política econômica no segundo mandato da presidente Dilma Rousseff será desenhada.

Já foi anunciado que novas medidas de estímulos à indústria virão, num setor cuja confiança registrou primeiro resultado positivo do ano em outubro devido à melhora das expectativas, mas ainda insuficiente para mostrar que está havendo recuperação mais consistente.

"A situação atual da indústria permanece frágil. O resultado interanual continua indicando contração, sendo que o dado de agosto foi revisto de uma queda de 5,4 para 5,5 por cento", escreveu em nota o economista-chefe do banco Fator, José Francisco Gonçalves.

"Não há qualquer sinalização clara de reversão desta situação. Pesa também o início de um novo ciclo de alta dos juros iniciado pelo Copom na reunião da semana passada. As perspectivas para a já fraca atividade no país não são animadoras", acrescentou.

A indústria é um dos principais fatores para o fraco desempenho da economia como um todo. Pesquisa Focus do Banco Central com economistas mostra que a projeção é de contração de 2,17 por cento da indústria neste ano e crescimento de 1,42 por cento em 2015.

Para o Produto Interno Bruto (PIB), as contas são de crescimento de 0,24 e 1 por cento, respectivamente.

Fonte: Agência Reuters