Os jovens que já foram colegas passaram boa parte dos estudos em escola pública. Lorena estudou em escola pública até o 7º ano do ensino fundamental e só saiu porque conseguiu bolsa em escola privada. William fez todo o ensino fundamental em escola pública e só depois foi para a particular.
Lorena e William falaram orgulhosos como foi alcançar o brilhante resultado. Eles contaram que não há muito segredo. “Começar a estudar com dedicação desde cedo é o principal caminho”, contou William. Disciplina também não pode faltar. Eles disseram que estudam todos os dias. No entanto, William informou que, nos finais de semana, só estuda mesmo se tiver algo mais importante.
A filha de Wander Batista Barroso e Lidia Márcia Silva contou que isso não acontece com ela. A bela garota que não pretende namorar até conquistar seus objetivos estuda também nos finais de semana. Ela disse que é preciso abrir mão de algumas coisas se quiser atingir suas metas. E isso ela parece ainda não ter alcançado. Ela contou que os pais não têm condições de pagar a faculdade e que vai mesmo tentar passar em uma faculdade federal.
Com o filho de Luís Antônio de Araújo e Mônica Benta de Araújo, a coisa é bem parecida. Ele disse que o valor das mensalidades não cabe no orçamento da família e que pretende mesmo passar no curso de medicina em uma federal. Em outra questão ele é um pouco diferente. O jovem não abre mão do seu namoro. Ele disse que já namora há cerca de 2 anos.
E o sucesso dos garotos parece mesmo ser de longa data. Os ex- professores da Escola Municipal Norma Borges Beluco, onde cursaram boa parte do ensino fundamental, fizeram questão de parabenizar os futuros doutores. Devanir, Maxilene, Lenismar e Marcelino contaram que os dois foram alunos que realmente marcaram pela disciplina, compromisso e, é claro, competência.
Uma faixa afixada no interior da escola mostra o orgulho dos funcionários com a conquista dos ex-alunos. Eles só lamentam que tiveram que perdê-los para outras instituições de ensino. E isso parece que é mesmo um problema no Brasil. Os jovens, com experiência nos dois sistemas educacionais, contaram que seria muito difícil chegar aonde chegaram se tivessem continuado estudando em escola pública.
E isso é o que nos parece mais injusto. Na atualidade, quem estudou em uma escola particular durante os primeiros anos escolares, são os que geralmente conseguem ser aprovados em uma universidade gratuita. O que se vê é que falta, além do compromisso das famílias e dos estudantes, investimento nas escolas públicas para se ofertar oportunidades iguais a todos os brasileiros.
Autor:
Farley Júnio
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