A Polícia Rodoviária Federal explicou nesta segunda-feira (19) o motivo que levou um agente da corporação a abater a tiros um animal que estava no acostamento da BR365, próximo à entrada de Patrocínio. A explicação veio depois que um vídeo, com imagens muito fortes, publicado nas redes sociais, teve grande repercussão o que gerou uma série de críticas. O caso aconteceu na noite de sexta-feira (16)

O Inspetor Terceiro, responsável pela PRF em Patos de Minas, começou a justificativa ressaltando que o órgão tem como missão garantir segurança com cidadania nas rodovias federais e nas áreas de interesse da União. Ele lamentou a morte do animal e explicou que a ação foi necessária. O policial, ao chegar ao local, encontrou o animal atropelado e agonizando.

Ele argumentou que, quando o policial se depara com a situação, ele tem segundos para tomar uma decisão. Quem assiste ao vídeo em casa, fora do contexto, tem uma ótica da situação muito distante da intensa realidade. Os eventos se sucederam em uma sexta-feira à noite, dia em que pessoas que não tem muita experiência em rodovias fazem viagens e período em que a visibilidade fica comprometida.

Ele informou que o animal machucado no acostamento se debatia e tentava se levantar. A atitude não foi apenas para abreviar o sofrimento do animal, mas também evitar que ele se levantasse, ou se arrastasse, e retornasse à pista de rolamento, o que poderia causar outro acidente.

O policial também falou sobre os atropelamentos de animais registrados no ano de 2015 em MG. Foram 273 acidentes, com 199 pessoas feridas e 6 mortes. No caso do atropelamento do potro, uma pessoa sofreu lesões corporais. Para reiterar o compromisso da PRF com os animais, Terceiro informou sobre as ações de preservação da fauna silvestre e doméstica e enviou fotos de vários animais cuidados pelos policiais.

Ele explicou ainda que diversos animais atropelados são encaminhados para atendimento médico veterinário. Desde 2012, foram seis encaminhamentos envolvendo tucanos, micos e outros animais no trecho sob responsabilidade da PRF de Patos de Minas. Também são feitos comandos periódicos para combater o tráfico de animais e coibir a caça ilegal e a pesca no período da piracema.  Ele encerrou o comunicado reafirmando o compromisso da PRF com a segurança do trânsito e dos que utilizam as rodovias.

Autor: Farley Rocha