Detentos do presídio de Presidente Olegário participam de palestra sobre o tabagismo.
O Presídio de Presidente Olegário está servindo de exemplo para muitos estabelecimentos prisionais do estado e até do país. Os responsáveis pelo presídio da cidade cortaram o cigarro em suas dependências, cumprindo a legislação estadual, que proíbe o tabagismo em local fechado de uso coletivo, e, além disso, cuidando da saúde e educação dos detentos.

De acordo com o diretor geral do Presídio de PO, Gilton Eduardo da Silva Nunes, para conseguir tirar o cigarro de dentro das celas, eles fizeram uma parceria com a secretaria de saúde da cidade e promoveram a conscientização dos detentos com diversas palestras alertando sobre os males do cigarro.

O projeto foi muito bem aceito pelos detentos que aderiram à causa e, atualmente, não consomem mais cigarro no interior da prisão. Com isso, vários benefícios foram conquistados. Os detentos e também funcionários não têm a saúde prejudicada pelo tabaco, além de aumentar a segurança do presídio, pois sem cigarro fica também proibida a entrada de fogo. Para a recuperação dos presos o trabalho também foi importante.

A iniciativa foi fundamentada na lei estadual 18.552/09. O dispositivo proíbe a prática do tabagismo em ambientes coletivos fechados, públicos ou privados, localizados em Minas Gerais, ressaltando que a proibição determinada na lei abrange os atos de acender, conduzir acesos e fumar cigarro, cigarrilha, charuto, cachimbo ou similar.

E o trabalho é realmente para se destacar. Em todo o estado e até no país, a maioria absoluta dos estabelecimentos prisionais permite o cigarro de forma até imoderada, prejudicando a saúde de quem fuma e também dos não fumantes. Em Presidente Olegário, a proibição para os atuais 74 presos já existe há um ano e meio, possibilitando uma reeducação mais digna e saudável.

Em Patos de Minas e em outras cidades, o cigarro é livre para os detentos e, mesmo com a legislação proibindo, a situação não tem data para ser normalizada. De acordo com o Coronel Ilson Álvaro Teixeira, Diretor Geral do Presídio Sebastião Satiro, a intenção é proibir, mas deve ser feito primeiro um trabalho de conscientização para que não haja um problema ainda maior.

Ele explicou que a proibição deve acontecer a médio prazo, já que o presídio possui cerca de 380 detentos, sendo assim mais complicada a proibição. O diretor informou que o trabalho de conscientização dos presos não tem data pra começar.

Autor: Farley Rocha