O presidente da Santa Casa de Misericórdia, Marco Antônio Nasser, esteve na Câmara Municipal na tarde desta quinta-feira (03) para fazer uma prestação de contas desde a inauguração da unidade hospitalar em Patos de Minas. A Santa Casa possui hoje 76 leitos clínicos e 30 leitos de UTI que foram credenciados no mês de dezembro. Segundo Marco, a expectativa é entrar em 2023 com a obra concluída e os serviços sendo oferecidos em sua integralidade.

Durante a reunião, Marco Nasser disse aos vereadores que o que é gasto na Santa Casa é superior ao que ela arrecada. Segundo Marco, nenhum município vizinho destinou verba à unidade. Além disso, ele ressaltou que de agosto a dezembro o prejuízo foi de aproximadamente R$3 milhões. O presidente disse que para que a Santa Casa opere em sua integralidade, é preciso que todo o serviço seja credenciado pelo SUS. Hoje, apenas os 30 leitos de UTI são credenciados.


“Nós estamos pleiteando a hemodiálise que estava no São Lucas, a hemodinâmica e também a oncologia além da neonatal. “ A expectativa é de que a gente consiga estabelecer a estrutura de atendimento até o final do ano para que em 2023 nós possamos entrar com atendimento clínico” disse ele. O presidente da Comissão de Saúde da Câmara Municipal, vereador João Marra, disse que a Santa Casa está operando um milagre. Segundo o vereador, há muita dificuldade no sentido de captação.


Segundo Marra, vereadores destinaram algum dinheiro de subvenção, mas é preciso que venha também verba estadual e federal e os parlamentares irão buscar meios de conseguir apoio dos deputados. Ao ser questionado se, na visão dele, falta um pouco de interesse de dos deputados, João Marra respondeu que acredita que não há verba específica para a saúde por parte dos parlamentares.

Para o vereador José Eustáquio, essa questão é ainda mais séria. Pois Marco disse que também não houve nenhum repasse por parte dos deputados. “A Santa Casa é de Patos de Minas só no nome, ela é de toda a macrorregião e todos os municípios e seus representantes precisam contribuir pois todos eles irão precisar dos serviços prestados pela Santa Casa” disse o vereador. Ainda segundo José Eustáquio, “todos os procedimentos feitos na Santa Casa que são baseados na tabela SUS são deficitários, os recursos financeiros advindos de todos os lugares são bem-vindos para preencher o déficit que é cada operação”.