A partir de agora nenhum funcionário da prefeitura poderá fazer horas extras a não ser em caso de extrema necessidade e com autorização. Esta é apenas uma das medidas implantadas nos últimos dias pela administração municipal para conter gastos. A Prefeitura de Patos de Minas ainda não conseguiu se recuperar da crise financeira e a arrecadação está muito abaixo do que estava previsto no orçamento.

O orçamento para 2010 previa uma arrecadação de R$ 214 milhões. De acordo com o prefeito em exercício e secretário de finanças e orçamento, José Eustáquio Rodrigues Alves, o volume de recursos arrecadado pelo município não deve passar de R$ 180 milhões. A redução, segundo ele, pode ser superior a R$ 30 milhões de reais. No mês de julho, por exemplo, o repasse do FPM teve queda de mais de 20%. As perdas provocam um estrago no caixa do município.

Para conseguir por o caixa em dia e honrar os compromissos, a Administração Municipal adota medidas rigorosas. Os cortes começaram pela redução de secretarias e devolução de imóveis que eram alugados. Além de vice-prefeito, José Eustáquio, acumula duas secretarias. O mesmo acontece com Gabriel Savassi e Neide Miquelanti.

E segundo o alto comando da administração municipal isso é apenas o começo. Os cortes devem atingir também o segundo escalão. Além disso, os servidores públicos municipais estão proibidos de trabalharem além do horário. As horas extras que fazem aumentar consideravelmente o valor da folha de pagamento devem ser de extrema urgência e autorizadas.

Outra medida a ser implantada é o realinhamento da frota de veículos. Um novo estudo deverá ser feito para economizar na quantidade de quilômetros rodados. De acordo com o prefeito em exercício, a Prefeitura precisa alcançar a meta de economia de R$ 500 mil por mês para conseguir honrar os compromissos.