Os veículos do transporte escolar da Prefeitura de Patos de Minas permaneceram parados nesta segunda-feira (22). Os motoristas que fazem o serviço de transporte de alunos e professores para a zona rural decidiram interromper as atividades por tempo indeterminado.

O motivo da greve é o Decreto 3.307, assinado pela prefeita Béia Savassi no início deste mês, que põe fim ao pagamento de diárias para os motoristas do transporte escolar. A determinação foi levada aos profissionais no dia 12 de fevereiro e desde então, eles tentam negociar uma saída para o problema.

Os motoristas informaram que interromperam as atividades para chamar a atenção das autoridades. Eles alegam que buscaram a ajuda do sindicato da categoria, mas não foram ouvidos. Os servidores informaram ainda que tentaram negociar na Prefeitura e não obtiveram resposta.

Os servidores do transporte escolar reclamam que trabalham 8h por dia enquanto os demais servidores públicos trabalham apenas 6h. Além disso, eles têm, descontadas no final do mês, as horas de almoço que fazem, mesmo estando longe de casa. Desta forma, muitos saem de casa às 4h da manhã e só chegam no período da tarde.

O salário é de R$ 570,00. A ajuda que eles tinham era a diária, no valor de R$ 12,00, paga aos motoristas que saem para a zona rural e não podem voltar para almoçar em casa. Sem esta ajuda de custo, os profissionais prometem continuar de braços cruzados nos próximos dias.

Com a paralisação dos motoristas do transporte escolar, muitos estudantes e professores ficaram sem ter como trabalhar. De acordo com os servidores, pelo menos, duas localidades ficaram sem aula nesta segunda-feira.

A Assessoria de comunicação da Prefeitura informou que a administração municipal já começou a negociar com os servidores e que a partir desta terça-feira (23) a situação será normalizada.