Uma reunião para discutir a forma de atendimento dos pacientes de Patos de Minas na UPA e no Hospital Regional foi realizada na tarde desta terça-feira (16) na Prefeitura Municipal de Patos de Minas. A tentativa de acordo entre o Prefeito José Eustáquio, e o Presidente FHEMIG, Tarcísio Neiva durou cerca de 3 horas.
A divergência entre município e Hospital Regional começou depois do dia 1º de dezembro, quando o Hospital Regional decidiu oferecer acesso igualitário do atendimento às demandas dos 33 municípios que compõem a Região Ampliada Noroeste de Minas Gerais, na qual o HRAD é referência em urgência e emergência.
No entanto, a nova forma de atendimento sobrecarregou a UPA. O Prefeito José Eustáquio disse que é “impraticável” que a Unidade de Pronto Atendimento vire um hospital: “Hoje a UPA está com o atendimento completamente sacrificado devido ao fechamento do pronto-socorro do Hospital Regional para os pacientes de Patos de Minas”.
O prefeito ainda disse que o Hospital tem sim uma estrutura adequada para receber os pacientes: “O Hospital Regional conta hoje com 116 leitos, aumentando agora para 119, mais de 850 funcionários e três salas cirúrgicas da melhor qualidade e está com atendimento fechado no pronto socorro”.
Ele ainda completou: “Eu ainda disse ao presidente da FHEMIG, vamos comigo até o Hospital e depois até a UPA, você vai ver a UPA completamente lotada e o Hospital Regional vazio”, argumentou. Tarcísio Neiva, Presidente da FHEMIG disse que o Hospital Regional está trabalhando com a ocupação acima do aceitável: “Nós não podemos continuar dessa forma, a gente recebe pacientes, às vezes, que não são de urgência, então isso tudo tem que ser avaliado e melhorado”.
Segundo Tarcísio Neiva, o intuito da reunião foi para que fosse discutido um acordo que pudesse melhorar o atendimento tanto na Upa quanto no Hospital: “A proposta aqui é justamente evoluir e construir juntos uma solução para essa questão de regulação da ortopedia aqui em Patos”.
De acordo com o presidente, amanhã será montada uma força tarefa para que sejam discutidos os pontos de estrangulamento para que sejam tomadas ações mais rápidas: “No Hospital Regional será contratado um triagista para fazer realmente a triagem e acompanhar esses casos, nós só precisamos de um tempo”.
Ele ainda falou sobre a demora na realização de cirurgias: “O volume cirúrgico ortopédico aumentou não só em Patos de Minas, mas em todas as cidades. Os acidentes automobilísticos são os maiores problemas juntamente com os motociclísticos. Com os acidentes, aumentam o volume de pacientes e aumentam as internações. Este é o resultado de hospitais mais cheios”.
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