O delegado de homicídios, Érico Rodovalho, voltou a falar nesta segunda-feira (25) sobre o caso envolvendo a dentista Roberta Pacheco, 22 anos, e o médico Daniel Tolentino, 39 anos. De acordo com o policial, após todos os indícios e provas colhidos até o momento, a linha de investigação mais provável é de que a jovem tenha sofrido uma overdose.
O delegado Érico Rodovalho disse em entrevista para a NTV e confirmou para o Patos Hoje que a hipótese mais plausível na data de hoje é de que ela tenha consumido uma substância entorpecente e sofrido uma overdose e daí uma convulsão que, por conseguinte, fez com que ela ingerisse uma secreção ou algum líquido, o que desencadeou no quadro grave em que ela foi socorrida.
O policial explicou que aguarda todos os exames, laudos e depoimentos para saber se esse prognóstico vai se confirmar. "O resultado de alguns exames já saíram. Tudo está caminhando nesse sentido", disse. Ele também quer constatar a (s) substância (s) e bebida (s) que ela havia consumido. Érico Rodovalho disse que vai ouvir todos os médicos que tiveram contato com ela para verificar toda a situação, inclusive os hematomas encontrados no corpo dela.
O médico Daniel Tolentino foi preso temporariamente na última segunda-feira (18) logo após a morte de Roberta. Ele preferiu não responder as perguntas da autoridade policial. O caso segue sendo investigado para se saber o que realmente aconteceu na madrugada do dia 05 de março quando o casal de namorados estava em um quarto de hotel próximo à rodoviária.
Veja o histórico:
Socorrida pelo SAMU, Roberta sofreu convulsões e chegou a ter parada cardiorrespiratória. O médico Daniel Tolentino de Sousa relatou para os militares que ela começou a se sentir mal durante o ato sexual e que, ao ver a situação, se desesperou e a arrastou pelo braço até o corredor do hotel, gritando por socorro. Ele também disse que começou as manobras para reanimá-la. Daniel falou que ela havia ingerido xeque-mate, uma mistura de vodca com chá mate, e negou ter medicado a namorada. Ele relatou aos policiais que havia colocado o celular dela em uma bolsa.
Conforme está na ocorrência policial, o porteiro do hotel disse que o médico havia se hospedado no hotel pela manhã e Roberta chegou pela noite na companhia dele, tranquilos sem aparência de terem bebido. Por volta das 2h00, ele saiu e foi até o carro buscar algo que o porteiro não soube precisar. Por volta das 3h00, ouviu os pedidos de socorro, tendo subido ao apartamento para verificar o que havia acontecido.
Ainda conforme o registro policial, o porteiro também relatou que havia percebido que sobre a cama havia vários objetos usados em práticas sexuais, inclusive um par de algemas. A testemunha contou que não viu drogas, bebidas ou algum tipo de medicação no quarto. E os dois hóspedes haviam consumido apenas água mineral e refrigerantes do frigobar.
Foram feitos os exames toxicológicos e periciais no corpo da jovem, mas o resultado ainda não foi divulgado. O corpo de Roberta apresentava hematomas que, conforme a família, podem ser de agressões provocadas pelo médico. O policial confirmou que houve realmente uma mensagem da dentista para uma amiga clamando para que a buscasse.
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