A Polícia Militar voltou a monitorar na madrugada desta quarta-feira (17) um ponto de tráfico de drogas em Patos de Minas. Após notar a movimentação, os policiais conseguiram descobrir o local de esconderijo de entorpecentes e dois indivíduos acabaram presos. Um deles foi encontrado deitado ao lado de uma criança, debaixo do cobertor. O local já foi alvo de outras denúncias e um dos envolvidos já havia sido preso no início do mês.
O fato aconteceu por volta das 3h00, na rua Antônio Wenceslau de Souza, no Bairro Jardim Aquárius. De acordo com informações da Agência de Comunicação Organizacional da 10ª RPM, o local é constantemente denunciado como sendo ponto de tráfico de drogas e C. L. O., seria o dono do ponto juntamente com o seu irmão P.H.O.V., de 22 anos. O ponto é gerenciado também por M.R.Q., de 37 anos, que funciona como uma espécie de porteiro. Segundo a PM, essa situação vem, ao longo dos anos, causando transtornos para a comunidade local, que frequentemente denuncia e reclama da movimentação do tráfico de drogas.
Ainda segundo as informações da Agência da 10ª RPM, há relatos, devido às diversas ocorrências já registradas ali, que os traficantes, ao notarem a aproximação da Polícia Militar, arremessam os entorpecentes nas casas vizinhas para não serem localizados. Nesta ocasião, mais uma vez, chegou informação aos policiais militares de que a movimentação do tráfico estava intensa, noticiando que M.R.Q., estava trabalhando como porteiro e P.H.O.V. estava aos fundos da casa pesando e vendendo a droga, além de receber o pagamento pelas negociações de entorpecentes.
Diante das informações, os policiais ficaram posicionados em pontos estratégicos em torno do quarteirão observando a movimentação no local. Foram vistos pelos policiais vários usuários chegando até o portão da casa e entrando rapidamente, saindo poucos instantes depois olhando para os lados apressadamente. Em determinado momento, chegou ao local um homem de blusão cinza, bermuda e capuz. Ele olhou para os lados, sem notar a presença policial, bateu no portão e aguardou ele abrir. Nesse momento, alguns dos militares realizaram aproximação para verificarem o que estava acontecendo na residência. O homem que havia acabado de bater no portão saiu correndo e não foi localizado.
Assim que os policiais chegaram próximo ao portão foram notados por M.R.Q., que colocou o rosto em uma fresta do muro e saiu correndo para os fundos da casa. Iniciou-se uma correria dentro do imóvel. Um dos militares que estava posicionado a certa distância notou quando um homem branco, de camiseta escura, com um número dez nas costas, calça comprida, reconhecido por ele como sendo P.H.O.V., subiu em cima do telhado da casa vizinha com uma sacola nas mãos, abaixou-se e desceu em seguida.
Alguns instantes depois dessa correria, M.R.Q. voltou até o portão e atendeu o chamado dos militares. M.R.Q. abriu o portão e negou que tivesse drogas guardadas na casa, afirmando que os policiais militares poderiam olhar tudo que não iriam encontrar nada. Então, os militares entraram no imóvel e não encontraram ali o homem que tinham visto em cima do telhado. Ao ser perguntado, M.R.Q. disse que não sabia se havia mais alguém nos fundos da casa.
Os policiais então notaram uma escada escorada no muro, dando para o telhado onde haviam visto um homem escalando. Os policiais subiram pela escada e começaram a procurar pelo telhado. No mesmo local em que P.H.O.V. foi visto abaixando-se, os militares levantaram algumas telhas e localizaram uma sacola sobre a laje da casa. Dentro da sacola foram localizados 1 balança de precisão, 1 pedra bruta de cocaína (escama) de peso aproximado de 15 gramas, 12 pedras brutas de crack com peso aproximado de 120 gramas, 3 tabletes de maconha com peso aproximado de 118 gramas, 44 papelotes de cocaína (escama) embalados e prontos para o comércio, 50 pedras de crack embaladas e prontas para o comércio, 3 porções embaladas de crack moído com peso aproximado de 22 gramas e R$903,00 em cédulas diversas.
Os policiais militares desceram do telhado e localizaram em um dos cômodos da casa 01 tesoura com resquícios de droga, diversas embalagens plásticas para preparo da droga, idênticas aquelas que embalavam o entorpecente até então localizado, 01 lâmina com resquícios de drogas e 01 rolo de plástico filme, mesmo material que embala parte do entorpecente localizado.
M.R.Q. ao ser noticiado da localização dos materiais apenas abaixou a cabeça, não demonstrando nenhuma surpresa e negando a delatar o paradeiro de P.H.O.V. Os militares notaram que a casa onde acontece o tráfico é separada da casa da mãe de P.H.O.V. apenas por um muro e que junto a esse muro existe um tanque de lavar roupas, tornando fácil a travessia para o outro lado. Dessa forma, o único lugar possível para que P.H.O.V. estivesse escondido era a casa da mãe.
Os militares realizaram contato com a mãe de P.H.O.V., e a senhora disse que não via o filho há cerca de 02 dias e que não fazia ideia do paradeiro dele. Ao ser informada da situação, ela disse que, apesar de o filho não estar ali, os policiais militares poderiam procurar pelo imóvel. Foi feita busca pela casa e P.H.O.V. foi encontrado escondido debaixo do cobertor deitado junto de uma criança. PHOV estava vestido ainda com a mesma camiseta preta, com um número dez nas costas, e calça comprida, como fora visto em cima do telhado.
O rapaz foi informado da localização da droga e materiais na casa ao lado, onde funciona o tráfico, e não demonstrou nenhuma surpresa, limitou-se a abaixar a cabeça e a ficar calado. A mãe de P.H.O.V. não soube explicar o motivo de ter mentido sobre o paradeiro do filho, dando sinais claros de que sabia que ele estaria envolvido em alguma ilicitude e em fuga. No bolso da calça de P.H.O.V. foi localizado um aparelho celular, que foi apreendido por poder ter informações relevantes sobre a comercialização de drogas em Patos de Minas e região. O celular não foi acessado e encontra-se bloqueado. Dessa maneira, P.H.O.V. e M.R.Q. foram presos pela prática de tráfico de drogas e associação para o tráfico e os materiais foram apreendidos.
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