O trabalho de combate à dengue enfrenta mais um obstáculo em Patos de Minas. Pessoas com hábito de acumular lixo dificultam o trabalho dos profissionais na limpeza e combate ao mosquito aedes aegypti, transmissor da dengue. Em várias residências, foram encontrados moradores com a síndrome do acúmulo de lixo.
De acordo com a coordenadora de combate à dengue, Geize Carla Soares, o trabalho para eliminar o foco do mosquito está sendo feito, mas as equipes de combate ao mosquito da dengue estão enfrentando um novo problema. 50 residências em Patos de Minas possuem moradores com a síndrome do acúmulo de lixo em casa.
A doença, conhecida como Síndrome de Diógenes, caracteriza-se pelo total abandono pessoal e social e pelo isolamento no próprio lar, acompanhados em muitos casos da acumulação de lixo. A síndrome advém de problemas sociais e psicológicos e, geralmente, afeta pessoas mais idosas que vivem sozinhas.
Outro problema que dificulta o trabalho de combate à dengue é que as pessoas que acumulam lixo não permitem as equipes de limpeza adentrar ao domicílio para limpar e, sem a permissão do morador, a equipe de combate à dengue não pode fazer seu trabalho.
Geize Carla informou que já está fazendo parcerias com toda a rede de saúde para buscar um tratamento para essas pessoas, já que não basta simplesmente adentrar e limpar as residências. Com os moradores doentes, eles poderão novamente acumular lixo em suas casas, contribuindo para o foco do mosquito da dengue.
A coordenadoria de combate à dengue, com o apoio do Ministério Público, já conseguiu entrar e eliminar o foco da dengue em algumas casas. Ela também ressaltou a importância do apoio da população para, principalmente, agora, com o início das chuvas, não deixar qualquer objeto que acumule água no quintal, procurando eliminar por completo o foco do mosquito.
