As obras de construção do campus da UFU no terreno da região dos 30 Paus estão paradas desde o ano passado.

A novela em torno da construção do Campus da UFU em Patos de Minas acaba de ganhar mais um capítulo. O prefeito Pedro Lucas começou a mobilizar as forças do município para levar o projeto para a sede da Escola Agrotécnica Afonso Queiroz. A medida, segundo a assessoria de comunicação da Prefeitura, encerraria o impasse que impede a construção da sede da Universidade Federal de Uberlândia na cidade.

A Escola Agrícola está localizada em uma área de 102 hectares. Metade pertence ao município e a outra metade ao Governo do Estado. A proposta do prefeito Pedro Lucas é de fazer um acordo para que cada uma das partes doe 25 hectares para a construção do Campus da Universidade Federal de Uberlândia, totalizando uma área de 50 hectares. A Escola Agrícola não seria afetada.

A proposta apresentada pelo chefe do executivo não esclarece, no entanto, de quem será a responsabilidade por ressarcir aos cofres públicos do montante de cerca de R$ 1 milhão que já foi investido na construção do Campus no terreno doado na região dos 30 Paus. A obra está paralisada em decorrência de uma ação na Justiça Federal que analisa a existência de irregularidades na escolha do terreno.

A obra está parada há cerca de seis meses. Enquanto isso, a Universidade Federal de Uberlândia improvisa espaços em imóveis alugados para manter as atividades na cidade. No meio do ano, a UFU realiza novo vestibular para os cursos de Biotecnologia, Engenharia de Alimentos e Engenharia Eletrônica e de Telecomunicação. São mais 90 alunos que vão precisar de estrutura ainda maior.

A proposta de doação do terreno na Escola Agrícola para a construção do Campus da UFU será apresentada nos próximos dias ao governador Antônio Anastasia em uma reunião de urgência que será realizada no Palácio Tiradentes em Belo Horizonte. A Prefeitura de Patos de Minas espera que a reivindicação ao governo estadual seja atendida. Caso a proposta não seja aceita, a ideia é propor outras alternativas. Uma delas seria um chamamento através de audiências públicas com a sociedade civil.

Autor: Maurício Rocha