No documento, o chefe do executivo nomeia uma comissão para apurar a ocorrência de ociosidade.
Atualizada às 17h27 desta quarta-feira (06).
Uma portaria assinada pelo prefeito Pedro Lucas no final do mês passado chama a atenção. No documento, o chefe do executivo nomeia uma comissão para apurar a ocorrência de ociosidade por parte do servidor José Francisco Filho. Curiosamente, o servidor é o mesmo que depôs no Ministério Público contra a utilização de máquinas e servidores da Prefeitura em propriedades particulares.

Na Portaria número 3.317, publicada no dia 30 de outubro de 2013, o prefeito Pedro Lucas nomeia uma comissão especial formada por Nivaldo Ferreira, Cleide Aparecida Silva e Maria Auxiliadora Godinho Oliveira para apurar a possível ocorrência de ociosidade por parte do servidor José Francisco Filho. Nivaldo foi nomeado presidente da comissão.

O servidor José Francisco Filho, conhecido como Perninha, é um dos que prestaram depoimento no Ministério Público contrário à utilização de máquinas e homens da prefeitura na fazenda de Hamilton Porto, irmão do ex-senador Arlindo Porto. O caso é alvo de uma ação de improbidade administrativa movida pelo Ministério Público .

O servidor também denunciou que, antes da realização de serviços na fazenda de Hamilton Porto, as equipes da prefeitura fizeram obras na fazenda de Amilton José de Melo, irmão do diretor de estradas da época, Severo Queiroz e na fazenda do próprio Severo. Por isso, a portaria assinada pelo prefeito, com pedido de investigação de ociosidade é vista por muitos como um ato de intimidação e de perseguição ao servidor que trabalha há anos na Prefeitura.

E esse não é o único caso na atual administração. Outros servidores reclamam que estão sendo perseguidos. Mudança de cargo sem nenhuma justificativa é a principal queixa dos funcionários.

A redação do Patos Hoje entrou em contato com a assessoria de comunicação da Prefeitura Municipal, mas até o fechamento desta reportagem não havia recebido uma resposta do executivo.

Às 17h23 desta quarta-feira (06), a Assessoria de Comunicação da Prefeitura Municipal enviou a seguinte resposta: "Informamos que a sindicância é um procedimento dentro das normas legais do Município. Quanto à perseguição a funcionários, não é do perfil da Administração Pública Municipal."

Autor: Maurício Rocha