Corpo de Bombeiros e SAMU registraram 500 acidentes de trânsito com vítimas de ferimentos.
O crescente número de acidentes de trânsito em Patos de Minas tem sido motivo de preocupação para as autoridades de saúde. Só no primeiro trimestre de 2014, Corpo de Bombeiros e SAMU registraram 500 acidentes de trânsito com vítimas de ferimentos. Nesse ritmo, a cidade pode chegar ao final do ano com 2.000 acidentes com vítimas.

O levantamento foi feito pelo próprio Hospital Regional Antônio Dias, que é referência para assistência ao trauma, urgência e emergência para 650 mil habitantes de 33 municípios da região. De acordo com profissionais da unidade de saúde, tem chamado atenção o número crescente de atendimentos a casos de acidentes de trânsito, especialmente no município de Patos de Minas.

Números do SAMU revelam que em 2012 foram prestados 1.574 atendimentos a acidentes de trânsito em geral. Em 2013, o número foi de 1729, aumento de 10%. Pelos números registrados no primeiro trimestre deste ano, as estatísticas vão continuar subindo, podendo chegar a 2.000 acidentes com vítimas, já que foram 500 somente no primeiro trimestre.

Para a diretora assistencial do HRAD, Lorena Araújo Gomes Faria, os números são alarmantes, mas a maior preocupação é com as lesões decorrentes desses acidentes, que na maioria dos casos, acometem jovens. “A gravidade dos ferimentos acarreta tempos prolongados de internação e sequelas definitivas, às vezes, comprometendo a funcionalidade do paciente para o resto da vida”, explica Lorena.

De acordo com o diretor clínico do Hospital Regional, Mauro Lúcio Martins de Paula, os acidentes envolvendo motocicletas são os mais recebidos pela unidade. Entre as principais fraturas decorrentes desses casos estão os traumas de cabeça, pescoço e tórax, seguidos por pélvis e membros inferiores – nos mais diferentes graus.

Mauro Lúcio explica que em muitos casos de acidentes com vítimas, observa-se que o condutor estava sem proteção adequada ou havia feito uso de bebida alcóolica. “Excesso de autoconfiança e descumprimento da legislação também são preponderantes em relação à exposição a situações de risco no trânsito”, explica o médico.

“Gostaríamos que as pessoas se conscientizassem para que pudéssemos cada vez mais diminuir os números de óbitos e sequelas.”, conclui.

Autor: Maurício Rocha