Lindomar Babilônia - S uperintendente regional de saúde de Patos de Minas.

O tão temido ZiKa Vírus, apontado como um dos causadores da microcefalia e que se tornou alvo de pesquisas em diferentes partes do mundo, pode ter chegado a Patos de Minas. A Superintendência Regional de Saúde confirmou o registro do primeiro caso suspeito na cidade. O órgão também notificou o registro de outros dois casos suspeitos em cidades da região.

Os três casos são importados. O paciente de Patos de Minas, por exemplo, esteve no Estado do Tocantins. O segundo caso registrado é da cidade de Serra do Salitre, de um morador que esteve no Mato Grosso. O caso mais preocupante é de uma gestante de Carmo do Paranaíba que passou oito dias na Bahia.

Nos três casos suspeitos de Zika Vírus, os pacientes apresentaram sintomas parecidos que são manchas pelo corpo, febre e um quadro de conjuntivite. Segundo o superintendente regional de saúde de Patos de Minas, Lindomar Babilônia, os pacientes estão sendo monitorados e os órgãos de saúde realizam bloqueio nas imediações das casas dos pacientes para evitar a proliferação do Zika Vírus.

O superintendente reforçou que os três casos foram importados de outras regiões onde há a presença do vírus e destacou que a região ainda não registrou nenhum caso de Febre Chikungunya. Com relação à Dengue, Lindomar afirmou que já foram registrados 218 casos suspeitos na região, sendo 22 em Patos de Minas.

O Zika Vírus, assim como a Dengue e a Febre Chikungunya, é transmitido pelo mosquito Aedes Aegypti. Como não há vacina contra essas doenças, a recomendação das autoridades de saúde é para que a sociedade se mobilize para combater o transmissor. Eliminar todos os recipientes que acumulam água e ficar atento a vasos de plantas, bebedouros de animais, caixas e reservatórios de água é fundamental para evitar a proliferação dessas doenças.

A maior preocupação é com o Zika Vírus tendo em vista os males que ele causa. Alojado em mulheres gestantes, o vírus pode afetar o bebê e interferir no desenvolvimento do cérebro da criança, provocando a microcefalia. A doença não tem cura e pode fazer com que o bebê tenha atraso mental, déficit intelectual, paralisia, convulsões, epilepsia e autismo, necessitando de cuidados para o resto da vida.

Autor: Maurício Rocha