Patos de Minas apresenta saldo positivo na criação de vagas formais de trabalho pelo quarto mês consecutivo em 2020, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). O relatório mais recente, relativo a outubro e divulgado na última semana, aponta a superação de 235 admissões em relação aos desligamentos. O bom resultado do mês passado foi encabeçado sobretudo pelos setores de Serviços (530 – 386 = 144) e de Comércio (511 – 397 = 114).
“Diante do que vivemos a partir de abril deste ano, quando os reflexos econômicos da pandemia de Covid-19 começaram de fato a ser sentidos, o resultado de outubro deve ser comemorado. É sinal de retomada. Empresários que demitiram começaram a recontratar. O saldo é praticamente o mesmo de janeiro, antes do coronavírus, quando a diferença entre contratações e demissões foi de 237”, analisa o assessor de Desenvolvimento Econômico da Prefeitura de Patos de Minas, Célio Adriano Lopes.
A criação de postos formais de trabalho em Patos de Minas começou a sofrer queda mais brusca em março, mas o primeiro saldo negativo apareceu em abril: 774 demissões a mais do que admissões. Os números continuaram negativos em maio (-19) e junho (-189), vindo a melhorar a partir de julho, mês que apresentou 43 contratações a mais do que desligamentos. Essa diferença positiva foi de 43 em julho, 42 em agosto e saltou para 182 em setembro.
Presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Patos de Minas (Sindcomércio), Eduardo Soares acredita que o cenário atual deve-se à boa expectativa mediante o quadro mais controlado da Covid-19. “Entendo que as contratações temporárias de fim de ano já começam a refletir nesses números. O comerciante e o prestador de serviço estão mais otimistas, sabendo que podem exercer suas atividades de forma mais segura, e isso possibilita investimentos e consequentemente contratações”, diz ele.
Acumulado de 2020 – Os dados de emprego referentes ao período de janeiro a outubro de 2020 também são positivos, com 15.417 contratações e 15.354 demissões, ou seja, 63 postos de trabalho. No acumulado do ano, os grupamentos Indústria e Agropecuária destacam-se com os melhores saldos, respectivamente 227 e 102.
No Brasil, a situação é de recorde negativo. A taxa de desemprego no Brasil chegou a 14,6% no terceiro trimestre do ano, o que representa alta de 1,3 ponto percentual na comparação com o trimestre anterior, quando ficou em 13,3%. Segundo informou hoje (27) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é a maior taxa da série histórica, que começou em 2012, e corresponde a 14,1 milhões de pessoas.
Fonte: Ascom da Prefeitura Municipal de Patos de Minas
