Com faixas e cartazes, eles fizeram uma manifestação silenciosa em frente à superintendência.
A comunidade escolar do Professor Modesto continua empenhada na luta contra a exoneração de Ivanilda Lopes Soares Ferreira. Os pais voltaram a protestar na manhã desta terça-feira (16). Com faixas e cartazes, eles fizeram uma manifestação silenciosa em frente à superintendência. As salas de aula também ficaram vazias. Essa foi a maneira encontrada para mostrar a insatisfação pela falta de respostas das autoridades envolvidas na exoneração.

A polêmica começou na semana passada quando os pais foram informados de que Ivanilda, a diretora que conseguiu transformar a instituição em modelo para todo o estado, seria exonerada. Insatisfeitos e indignados, primeiro, eles se reuniram e fizeram uma manifestação na porta da escola. No dia seguinte, foram para frente da Superintendência de Ensino.

O fato repercutiu tanto que chegou até o governador Antônio Anastasia. Ele, então, anunciou por meio de sua assessora, que todos poderiam comemorar porque ele colocaria fim ao processo de exoneração. Assim fizeram pais, alunos e a própria diretora. Mas a felicidade permaneceu só até a manhã do dia seguinte, quando veio a grande frustração.

O Diário Oficial do Estado de Minas Gerais trazia a publicação da exoneração de Ivanilda. Frustrados com a notícia, os pais conseguiram o apoio dos vereadores na Câmara Municipal e fizeram uma carreata para sensibilizar o governador. Porém, até o momento, nenhuma reposta. Em contato com a escola, a inspetora Nelma José Alves de Fátima Pereira informou que foi nomeada para dirigir a escola provisoriamente até que seja escolhida a nova diretora.

Querendo respostas sobre os motivos da exoneração, os pais foram até a superintendência manifestar com faixas e cartazes. Eles permanceram em silêncio, como forma de mostrar a insatisfação pela falta de explicações. E os protestos não pararam por aí. Os professores estão dando aulas para poucos alunos porque os pais resolveram não enviá-los para a escola. De manhã, apenas 40 estudantes frequentaram a escola. À tarde, só a metada dos alunos entraram para a sala de aula.

Uma grande faixa preta foi afixada na parte da frente do Professor Modesto para mostrar o descontentamento. Os pais alegam que não houve um procedimento administrativo garantindo o contraditório e ampla defesa, como determina a Constituição Federal.

Autor: Farley Rocha