A privatização da BR 365 seria a solução para a segurança e conforto dos motoristas, defendeu o Governo de Minas Gerais. Mas na prática, os condutores estão pagando para sofrer com buracos e ver os carros ficando pelo caminho. Nesta Sexta-feira Santa (29), Feriado Nacional, motoristas que pegaram a rodovia rumo a Uberlândia passaram por maus bocados.

O pagamento do pedágio que pode variar de R$6,35 para motos, R$12,70 para carros e até R$127,00 para treminhões é obrigatório. Mas nem no trecho da cobrança, a situação é satisfatória. A poucos metros da praça de pedágio, buracos tomam conta da pista e é preciso muita atenção e habilidade para não cair nas armadilhas.

Jean dos Reis, que saiu de Patos de Minas para ir até Celso Bueno na manhã desta sexta, informou que o problema está realmente no trecho privatizado. “Onde está sendo cobrado o pedágio é que está ruim. De Patos de Minas a Patrocínio, trecho sem pedágios, há pouquíssimos buracos. Vi vários carros com pneus estourados e caminhões em zigue-zague. Eu fui vítima dos buracos”, disse mostrando o carro que teve o pneu estourado.

A cobrança dos pedágios começou no dia 28 de outubro do ano passado, ou seja, há 5 meses, e os motoristas praticamente não viram melhorias na rodovia. No trecho de cerca de 150 quilômetros da BR 365, entre Patrocínio e Uberlândia, o contrato prevê a duplicação de 36,1 km da rodovia, construção de faixas adicionais e 40 quilômetros de acostamento, além de disponibilizar o serviço de atendimento hospitalar (SAH). Até o momento, não há sinais de duplicação, construção de terceiras faixas e nem de novos acostamentos.

No trecho da BR 365 que não foi privatizado, o Governo Federal realizou uma grande revitalização até a BR 040, portanto realmente o asfalto está em melhores condições.