A barbaridade aconteceu na noite dessa segunda-feira (25), Natal, em Patos de Minas. A garotinha de apenas 2 anos foi atendida no Hospital Regional com um ferimento grave na região anal. O padrasto dela acabou preso por estupro de vulnerável. O irmãozinho da criança disse que foi mesmo o padrasto quem teria sido o causador da lesão. Ela teve que passar por um procedimento cirúrgico. Ele negou o crime.

De acordo com informações da Polícia Militar, a conselheira tutelar afirmou que foi acionada a comparecer no Hospital Regional por funcionários os quais relataram que o padrasto e a mãe de uma menina de 2 anos e 4 meses de idade haviam socorrido a criança ao hospital com ferimentos graves, corte, no ânus e que a suspeita seria de abuso sexual.

Eles explicaram como foi a rotina durante o dia. A mãe da criança de 32 anos afirmou que pela manhã ela e seu companheiro de 26 anos e os três filhos: um menino de 4 anos de idade, a de 2 anos e 4 meses de idade, e um bebê de 10 meses de idade, sendo esse filho também do jovem, almoçaram na casa da mãe dele. Ao retornar para a residência, ele deu um banho na menina e a entregou para que esta a enchugasse e vestisse fraldas na criança, ocasião em que ao secar a filha, a mãe constatou que a menina não apresentava nenhuma lesão.

Minutos depois todos foram dormir, o casal com o bebê em um quarto e as outras duas crianças em outro. Passada aproximadamente uma hora, todos acordaram, ocasião em que, ao perceber que a vítima que estava com uma leve disenteria havia feito cocô na fralda, o padrasto deu um novo banho em sua enteada e novamente entregou a menina à mãe, que outra vez a enxugou e vestiu fralda na filha.

Mais uma vez, a mãe não notou nenhuma lesão na criança. Em seguida, a mãe retornou para o quarto do casal onde permaneceu acordada, já o padrasto foi para o sofá da sala e as três crianças foram para o alpendre na frente da casa que se encontrava com o portão trancado, neste sentido, inexistindo possibilidade de nenhuma outra pessoa acessar o imóvel sem arrombar o portão.

Após duas horas, a vítima foi até a mãe se queixando de ter apanhado do irmão mais velho, porém em seguida voltou a brincar. 20 minutos mais tarde, o padrasto desesperado levou a enteada com sangramento no bumbum até a mãe, que em seguida o casal levou a criança ao hospital Santa Casa.

Questionado acerca dos fatos, o jovem enfatizou que não existia nenhuma possibilidade de outra pessoa ter adentrado a casa, confirmando o que foi narrado pela companheira, acrescentando também que do sofá ele permaneceu monitorando a brincadeira das crianças. Em dado momento, escutou um barulho e, ao verificar o que havia ocorrido, ele se deparou com a enteada caída com a barriga no chão chorando. De imediato ele pegou a menina e foi leva-la até a mãe, ocasião em que ele notou que a menina estava com um sangramento saindo da fralda e escorrendo até o joelho.

O jovem acionou o atendimento do SAMU mas, uma vez que o deslocamento estava demorando, ele chamou um táxi e socorreu a menina até o hospital. Na Santa Casa, a vítima foi atendida, porém, devido à gravidade dos ferimentos foi encaminhada ao Hospital Regional, onde a vítima foi atendida pela médica, que constatou que a vítima apresentava equimose na região perianal, um corte que iniciava na parte interna no ânus e iria até próximo à vagina e um hematoma no abdômen lado inferior direito, que devido à gravidade dos ferimentos a menina seria submetida a uma intervenção cirúrgica e não havia previsão de alta.

Perante esta nova constatação e a grande evidência da violência sexual, questionamos novamente a mãe da criança, sendo que ela afirmou que não havia outra pessoa que pudesse ter praticado o crime, além de seu companheiro.

A conselheira tutelar decidiu que não iria permitir que os dois irmãos da vítima continuassem sob guarda da família, visto que a mãe da vítima iria permanecer no hospital acompanhando a filha. Ela saiu com os dois meninos, o bebê de quatro meses, e o gaotinho de 4 anos que relatou a ela que era o "pai", (padrasto), que havia machucado sua irmãzinha, que ele havia batido nela e a jogado ao chão fazendo sair sangue dela.

Assim que ouviu o relato da criança, a conselheira tutela retornou até os policiais, ocasião em que o menino novamente na presença do policial afirmou que era o padrasto quem havia batido e machucado a irmã. Diante das novas revelações e a impossibilidade de outra pessoa ter estado no local do crime, o padrasto foi preso e levado para a delegacia.

Questionado, negou a autoria do delito passando a afirmar que não tinha certeza se o portão da casa estava trancado. A mãe da criança salientou que após o ocorrido, o companheiro havia mudado completamente seu comportamento, estava apavorado, inclusive havia tomado remédio para se acalmar.

Os policiais foram até a casa não Bairro Jardim Paulistano e constataram que caso o portão estivesse realmente trancado não havia nenhuma possibilidade de um estranho adentrar a casa sem arrombar o portão.