As pessoas que chegavam na UPA eram informadas que o atendimento seria somente para emergências.
A UPA I da Avenida Marabá ficou vazia na tarde dessa segunda-feira (11). Mas o motivo não foi a falta de paciente, mas sim a ausência de médicos para fazer o atendimento. Quem precisou de atendimento médico foi orientado a procurar outros meios porque só seriam atendidos os casos de urgência e emergência.

Odaísa Natane Rodrigues de Souza Pião foi com seu filho de apenas dois anos até o Mini-hospital e ficou revoltada. Ela contou que a criança estava com febre, dor de garganta, dor de ouvido e não estava conseguindo comer. Mas o atendimento não seria realizado por falta de médico.

Outros pacientes chegaram para ser atendidos e também tiveram que retornar. A informação para quem chegava é que só seriam atendidos os casos de urgência e emergência levados pelo Corpo de Bombeiros ou SAMU. Os Outros deviam procurar atendimento na Unidade de Saúde Básica.

A informação revoltou os pacientes. Muitos que não tinham outras condições pediram uma providência urgente para o problema. Entramos em contato com o Secretário de Saúde, Dirceu Deoclaciano, que justificou a falta de médicos no Mini-hospital. Segundo ele, um médico pediu exoneração há cerca de 15 dias.

Outros dois informaram que não iriam trabalhar nesta segunda-feira (11). Segundo o médico, o motivo foi justificado, porém aconteceu de última hora e não foi possível a substituição. Apenas um médico trabalhou durante o dia no Mini-hospital, o que acabou deixando sem atendimento dezenas de pessoas.

O motivo das faltas pode ser por questões salariais. Segundo o secretário, o salário dos médicos não é reajustado desde 2009 e um projeto de lei será enviado para a Câmara Municipal para que seja feita a correção dos salários anualmente.

Autor: Farley Rocha